http://www.adrianodiogo.com.br/noticias/internas/id/874
A antiga obsessão de colocar ordem na desordem está de volta. Essa doutrina, que fez parte do passado do País, tomou conta da cidade de São Paulo. O prefeito Gilberto Kassab já nomeou em seu governo mais de 80 oficiais da Polícia Militar. Hoje, com patentes de coronéis da reserva, eles comandam 25 das 31 subprefeituras de São Paulo. Outros 50 oficiais estão espalhados pela máquina pública. Com todo respeito à corporação, cabe uma pergunta: o que pretende o alcaíde da nossa cidade?
Na linha do tempo podemos encontrar algumas explicações. Durante a ditadura, entre os anos 60 e meados de 80, militares se valeram de número maciço de engenheiros e de economistas que ocuparam cargos públicos de importantes esferas do poder. Foi a era da ditadura dos tecnocratas. O pensamento único desses tecnocratas era o progresso pelo progresso. Anseios populares? Nem pensar. Um momento emblemático resume essa época de chumbo. Numa rara indagação conseguida pela imprensa, então sob forte censura, com relação a situação do Brasil, o general mandatário da nação, Emílio Garrastazu Médici, disparou: “A economia vai bem e o povo vai mal”.
É esse modo autoritário de governar sem o olhar nos anseios populares que prevalece na administração municipal com a entrada em cena dos coronéis.
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