Pesquisar este blog

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ritalina

Psicóloga: Ao invés de reverem a educação, usam Ritalina


Ana Cláudia Barros

O aumento do consumo de Ritalina na rede municipal de saúde de São Paulo não é pontual. O Brasil é o segundo país que mais utiliza o Cloridrato de Metilfenidato (princípio ativo do medicamento), perdendo apenas para os Estados Unidos, destaca a representante do Conselho Federal de Psicologia, Marilene Proença. A substância é adotada no tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Não são poucas as hipóteses levantadas para explicar esse crescimento. Na avaliação de Marilene Proença, a Ritalina, apelidada pelos críticos de "droga da obediência", tem sido adotada como subterfúgio para escamotear falhas no sistema educacional.
- Estamos tendo uma precarização da qualidade do ensino oferecido para alunos na fase de alfabetização. Se a criança não está atenta na escola, se não está escrevendo corretamente como deveria, isso é um problema educacional, pedagógico. Quer dizer que não estamos conseguindo dar conta de uma alfabetização adequada. Mas de repente, há uma epidemia de crianças que não prestam atenção? Não faz sentido. Nasceu uma geração que não presta atenção? A geração anterior prestava e a atual não presta? - indaga Marilene, que também é membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional.

- Consideram que o fato de o aluno não aprender não tem a ver com a questão pedagógica, mas é um problema dele, como se fosse algo orgânico que tivesse dificultando a aprendizagem. A mudança de comportamento estaria sendo feita pela medicação, e não por uma pedagogia adequada - completa.
Já para a professora titular do Departamento de Pediatria da Unicamp, Maria Aparecida Moysés, há uma tentativa de "abafamento dos questionamentos".
- Ritalina e Concerta (também tem o Metilfenidato como príncipio ativo) estão sendo prescritos para crianças que incomodam. Existe uma pressão da indústria farmacêutica, mas creio que há também o ideário de um abafamento de questionamentos, de normalização das pessoas. Todos homogêneos. Pode ser que não seja esse o objetivo, mas é o que acaba acontecendo, porque toda criança que questiona tem TDAH. Você medica e aborta o questionamento. Estamos cada vez mais usando remédio para tudo. Não há mais gente triste. Há gente deprimida. A tristeza incomoda. Te mandam tomar um Prozac. A vida está sendo retirada de cena, porque é irregular, caótica, tem altos e baixos, diferenças. O que está acontecendo é que quem não se submete é quimicamente assujeitado.
Quadro nacional
De acordo com a representante do Conselho Federal de Psicologia, Marilene Proença, os conselhos regionais da categoria irão promover ações locais para "levantar a problemática em seus estados".
- Até novembro, esperamos ter um quadro nacional - afirma.
Dados do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos mostram que de 2000 a 2008, a venda de caixas de metilfenidato saltou de 71 mil para 1.147.000, um aumento de e 1.615%. Os números não consideram receitas de medicamentos manipulados ou comprados pelo poder público.
A comercialização da Ritalina é regulada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Embora o medicamento - classificado no anexo da Portaria 344/98, na lista das substâncias psicotrópicas -, só possa ser adquirido com receita especial, é fácil consegui-lo clandestinamente. Uma breve busca pela internet revela que não são esporádicas as ofertas da droga.
Relatório do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa de 2009 - dado mais atualizado da entidade sobre o metilfenidato - destacou que há vários estudos e questionamentos quanto ao uso massivo e efeitos secundários da substância, "pois sua utilização já está ocorrendo entre empresários, estudantes, para emagrecimento e até em uso recreacional na forma triturada como pó ou diluído em água para ser injetado".
O relatório informa ainda que a maior preocupação em relação ao Cloridrato de Metilfenidato está, na verdade, relacionada ao seu "mau uso", e não à utilização da substância nos casos de TDAH. Mas pondera ao ressaltar que o medicamento não é indicado para todos os pacientes da doença. O documento acrescenta :
- Segundo estudo publicado em 2009, somente entre 2002 e 2006, a produção brasileira de metilfenidato cresceu 465 por cento. Sua vinculação ao diagnóstico de TDAH tem sido fator predominante de justificativa para tal crescimento. Mas os discursos que circulam em torno do tema e legitimam seu uso também contribuem para o avanço nas vendas.
A psicoterapeuta Cacilda Amorim, do Instituto Paulista de Déficit de Atenção (IPDA), ressalta que as exigências do mercado de trabalho têm provocado aumento na procura por estimulantes cognitivos.
-Hoje, existe uma pressão muito grande para o desempenho de qualidade, principalmente em adultos, em situações de trabalho que não garantem as condições mínimas para que isso seja possível. Em qualquer área, a quantidade de coisas que se espera que a pessoa faça, aprenda, desenvolva. Se não desenvolver, ela se sente inadequada.
"zombie like"
Crítica implacável do traramento com Ritalina, a professora da Unicamp, Maria Aparecida Moysés afirma que a aparente calma promovida pela droga em crianças não é efeito terapêutico, mas "sinal de toxicidade".
- Tem o mesmo mecanismo de ação das anfetaminas e a cocaína. Ele é um derivado de anfetamina. É essa a complicação. Ele age aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. A dopamina é um neurotransmissor associado às sensações de prazer.Não é todo mundo que fica mais concentrado. Em torno de 40, 50% ficam mais focado, que é o efeito da anfetamina e da cocaína. Mas foca a atenção no que passar na frente, não necessariamente nos estudos.
Segundo ela, as reações adversas acontecem em todo os órgãos.
- No sistema nervoso central, você tem psicose, alucinação, suicídio, que não é desprezível, cefáleia, sonolência, insônia. Um dos mais importante é um efeito que, em farmacologia, é chamado de "zombie like". A pessoa fica contida em si mesma. Passa a agir como se estivesse amarrada. No sistema cardiovascular, por exemplo, os efeitos são hipertensão, arritmia, taquicardia, parada cardíaca. É uma droga perigosa. Eu não daria para um filho meu. 

Controle mental em massa

Uma técnica de controle mental em massa que é usado por essas organizações de elite todo o tempo é o "problema-reação-solução". Um problema é secretamente criado (pela CIA, KGB, etc) e alguém é culpado pelo problema. O culpado pode ser uma guerra, uma desvalorização da moeda, dívida interna, ou um colapso governamental. Pode ser qualquer coisa. A mídia é usada para estimular tanto a opinião pública em relação ao fabricado problema que o público grita, "Algo precisa ser feito!" Nesse ponto, aqueles que criaram o problema, oferecem abertamente a solução como um meio de conseguir o que eles queriam desde o princípio. (David Icke)

A Zona livre de desconforto

"O que acontece na prática é que se você olhar para todos os dogmas em todas as culturas, todas as sociedades têm o que eu chamo de "zona livre de desconforto". É aquela área dentro de qualquer cultura, dentro de cada dogma (religioso, econômico, político etc) em que se você se conforma a ela, você está na zona de conforto. Ninguém vai rir de você, o condenar por ser diferente, ou por expressar sua singularidade, porque você está fechado na mentalidade de rebanho, e você está se conformando ao que os outros dizem que você deveria ser e fazer. Quando você sai desse zona e expressa seu aspecto único em toda a existência e se recusa a ser amedrontado, ou controlado, você imediatamente é exposto ao ridículo ou à condenação" (David Icke)

ACEITAMOS AOS POUCOS O QUE NUNCA TOLERARÍAMOS DE SÓ UMA VEZ. POR QUE?

Fonte: http://linkanexo.blogspot.com/2011/05/armadilhas-illuminati.html

Uma rã nadava tranquilamente dentro de uma panela com água fria. E assim continuou, mesmo depois de aceso um fogo brando debaixo da panela, que começou a aquecer a água lentamente. A água morna tornava o ambiente ainda mais agradável e convidativo para nadar.
A pouco e pouco a água foi ficando mais quente. Um pouco mais do que a rã gosta, mas ela não se transtorna com o facto, porque o calor tende a cansá-la e a entorpecê-la. Quando a água fica mais quente a rã começa a achá-la desagradável mas, como já está algo debilitada, vai aguentando e esforçando-se por se adaptar às novas condições.
A temperatura da água continua a subir progressivamente, sem mudança brusca, até ao momento em que a rã acaba por ficar cozida e morrer, sem nunca ter tentado saltar para fora da panela.

Se, ao invés deste processo, a rã tivesse sido metida repentinamente numa panela com a água já bastante quente, ela teria dado um golpe de pernas e pulado imediatamente para fora dela.

ACOSTUMAR É IGNORAR

“O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?”O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada. “Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e captura o grupo todo.” “Assim, rapidamente, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão.” O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando-os para onde ele queria e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de “proteção”, cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de “bem-estar social”, medicina e medicamentos “gratuitos”, sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha.

Financiamento de partidos políticos

Fonte: http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5987:editorial290611&catid=27:editorial&

Dentre os inúmeros problemas das agremiações partidárias - se desejam, de fato, ter peso político no país - é preciso mencionar o do financiamento de suas atividades.

Atualmente, todos os partidos recorrem exclusivamente a duas fontes: arrecadação proporcionada por eventos e doações de pessoas físicas e jurídicas.

Sem dúvida, é necessário realizar eventos para obter recursos. Primeiro, porque tais recursos costumam ser volumosos e, segundo, porque sua efetivação faz parte da animação da campanha.

As doações, contudo, são sempre um sério problema, porque criam obstáculos intransponíveis aos partidos pequenos e divergências internas extremamente graves, como vimos na última eleição em relação ao PSOL, quando uma parte da militância rebelou-se contra uma candidatura que aceitou dinheiro de uma firma comprometida com a exploração de seus trabalhadores.

Na verdade, enquanto não for aprovada a lei que estabelece o financiamento exclusivamente público de campanha, as eleições jamais serão democráticas.

Financiamento público de campanha eleitoral e igualdade do horário gratuito de televisão, independentemente do tamanho das bancadas dos partidos, são condições indispensáveis à plena democratização do país.

Enquanto os verdadeiros democratas não tiverem forças para fazer aprovar essa lei, teremos de conviver com o regime atual.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Comportamento do nosso Universo


do blog http://resistacontraosistema.blogspot.com/

 

Universo Particular 

Um dos mistérios mais estudados das ciências humanas é a natureza e o comportamento do nosso universo. A Física, em especial, tem sido o ramo do conhecimento que mais a fundo têm investigado esse assunto dividindo-se em dois grandes ramos com visões bem divergentes a respeito de nosso universo: A física cartesiana e a quântica.




Um relógio determinístico

Segundo a física cartesiana o universo funciona como uma máquina perfeita, um relógio cósmico com todas as suas engrenagens funcionando harmônica e automaticamente, sem intervenção de nenhuma força externa. Durante muitos anos essa visão do cosmos foi aceita amplamente no meio acadêmico, pois se encaixava perfeitamente nos parêmentros observados na mecânica clássica de Newton e sua lei da gravitação universal. Ou seja, vendo o macro-cosmos rodopiar a nossa volta, imaginar aquilo tudo como um grande relógio não era muito difícil. 

A incerteza como princípio
A coisa começou a complicar quando se passou a estudar o universo a nível subatômico. No micro-cosmos, as leis da física clássica simplesmente não existem!! Bem diferente da máquina perfeita observada a nivel macro. Nos estudos do elétron, Heisenberg foi quem postulou o princípio da incerteza, baseado na impossibilidade de se determinar a posição e o momento de um elétron ao mesmo tempo. Isso acontece porque dependendo da medição que é feita, o elétron se comporta de uma maneira diferente. Ao tentar determinar a posição, o elétron se comporta como partícula, ao tentar medir o momento, o elétron se comporta como onda, daí a impossibilidade de se obter ambas as medidas simultâneamente. Essa descoberta trouxe algumas implicações tão sérias que dividiu a física ao meio. Criando toda uma nova visão sobre a realidade! Nascendo, assim, a Fisica Quântica.


O Gato zumbi

Como vimos, a física quântica se baseia na incerteza, postulando que o observador tem papel determinante na manifestação do universo, pois é a partir da observação que os eventos acontecem.
Para ilustrar esse conceito, foi desenvolvido o experimento do 
Gato de Schrödinger, a saberUm gato, junto com um frasco contendo veneno, é posto em uma caixa lacrada protegida contra incoerência quântica induzida pelo ambiente. Se um contador Geiger detectar radiação então o frasco é quebrado, liberando o veneno que mata o gato. A mecânica quântica sugere que depois de um tempo o gato está simultaneamente vivo e morto. Mas, quando olha-se dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto. Ou seja, só se determinará se o gato está morto ou não depois que o observador abrir a caixa, antes disso, ambas as possibilidades existem a nível quântico. É o verdadeiro gato zumbi.


Ciência e Espiritualidade fazendo as pazes
Um dos grandes cientistas da atualidade no ramo da física quântica é o físico Amit Goswami. Ele veio ao Brasil a uns anos atrás e deu uma entrevista no Roda Viva. Vale a pena assistir essa entrevista. Abaixo um trecho bem interessante que tem a ver com o que estamos discutindo aqui:
Rose Marie Muraro(Entrevistadora): O que mais me espanta na Física é o problema da medição quântica de Heisemberg, que você, realmente, acha  que deve ter um observador olhando e que modifica a realidade, por exemplo, transforma a onda em partícula. Eu gostaria de saber... isso aí houve uma grande briga de Einstein com Niels Bohr. Eu gostaria de saber, em escala cósmica, onde não há observadores, se há um observador supremo, na sua opinião, e se ele cria matéria ou como se faz esse fenômeno?

Amit Goswami: Essa é a questão fundamental, Rose Marie, porque.. qual é o papel do observador? É a pergunta que abre a integração entre Física e espiritualidade. Na Física Quântica, por sete décadas, tentou-se negar o observador. De alguma forma, achava-se que a Física deveria ser objetiva. Se dessem um papel ao observador, a Física não seria mais objetiva. A famosa disputa entre Böhr e Einstein, a que se refere essa disputa, basicamente, sempre terminava com Bohr ganhando a discussão, mostrando que não há fenômeno no mundo a menos que ele seja registrado. Bohr não usou a consciência.. mas atualmente, vem crescendo o consenso, muito lentamente, de que a Física Quântica não está completa, a menos que concordemos que nenhum fenômeno é um fenômeno, a menos que seja registrado por um observador, na consciência de um observador. E isso se tornou a base da nova ciência. É a ciência que, aos poucos, mas com certeza, vem integrando os conceitos científicos e espirituais.

Outro expoente no assunto é o pesquisador Nassim Harameinfísico suíço que dedicou toda sua vida estudando a física quântica e o universo. Nassim foi um pouco além dos físicos tradicionais. Além até mesmo da fisica quântica e propôs uma nova perspectiva, bem mais próxima dos conceitos esotéricos que dos conceitos científicos, sem contudo, fugir do embasamento acadêmico para postular suas teorias. De acordo com Nassim Haramein o observador não só determina como o universo se manifesta, como é ele o agende dessa manifestação. Nosso universo seria um imenso fractal onde cada parte reflete o todo, como um holograma. 

De fato, Haramein provou matemáticamente que cada partícula contém a massa de todo o universo e que cada uma delas está conectada com todas as outras. 

Um exemplo claro de como ele ilustra a natureza fractal do universo e a influencia do observador sobre ele é a constante busca pela partícula fundamental. Ontem a partícula fundamental da matéria era o átomo. Depois, entramos no reino das partículas sub-atômicas como prótons e neutros. Hoje, é o tal Bóson de Higgs. Amanhã, só Deus sabe! Segundo o físico, o universo é infinito tanto no macro-cosmo quanto no micro. Basta que o observador "procure" que ele irá encontrar partículas cada vez menores, uma vez que o próprio ato de contemplar, cria a realidade. Da mesma forma, nunca seriam encotradas as "fronteiras do universo", uma vez que quanto mais longe se olha, mais realidade é criada, análogamente. 

Meu universo é você
Saindo um pouco das teorias da física, contudo nos aprofundando ainda mais na "abstração" do que seria o universo, uma corrente filosófica havaiana conhecida como Ho´oponopono possui uma visão bem mais radical sobre o que seria o mundo fisico. De acordo com o Ho´oponopono o universo está dentro de cada um de nós! A corrente filosófica resume sua teoria em seis postulados: 


1. O universo físico é uma realização dos seus pensamentos.
2. Se seus pensamentos são cancerosos, eles criam uma realidade física cancerosa.
3. Se seus pensamentos são perfeitos, eles criam uma realidade física transbordando AMOR.
4. Você é 100% responsável por criar seu universo físico como ele é.
5. Você é 100% responsável por corrigir os pensamentos cancerosos que criam uma realidade doente.
6. Não existe lá fora. Tudo existe como pensamentos em sua mente.

Dr. Joe Vitale, um dos divulgadores dessa visão, conta a história do terapeuta havaiano Ihaleakala Hew Len que curou um pavilhão inteiro de pacientes criminais insanos sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si mesmo a fim de ver como ele havia criado a enfermidade dessa pessoa. À medida que ele melhorava, o paciente também melhorava. Ao ser perguntado pelo Dr Vitale o que fez a si mesmo para ocasionar tal mudança nessas pessoas, Ihaleakala disse “Eu simplesmente estava curando aquela parte em mim que os havia criado”. Ou seja, o que nós experimentamos no universo de bom ou ruim, experimentamos porque foi exatamente isso que criamos e para mudar o universo a nossa volta, incluindo nisso, as pessoas, temos que mudá-los dentro de nós! Muito radical para você? A ciência caminha nessa direção.  

http://resistacontraosistema.blogspot.com/2011/06/o-comportamento-do-nosso-universo.html

Parábola dos Níveis Evolutivos

 do blog http://resistacontraosistema.blogspot.com

Certa vez, um discípulo aproximou-se de seu Mestre e disse:
- Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a Paz e o entendimento, por mais que apregoem o Amor e por mais que afirmem abominar o Ódio.
- Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da Humanidade do Planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Essa é a grande maioria. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7.
- Mas, Mestre, que níveis são esses?
- Não adiantaria nada explicá-los, pois além de não entender, também, logo em seguida, você os esqueceria e esqueceria também a explicação.
Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental, para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente o que são esses níveis, cada um deles, nos seus mínimos detalhes.
Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do discípulo e, imediatamente, ambos estavam em um outro local, em outra dimensão do Espaço e do Tempo. O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, disse-lhe o Mestre:
- Dê-lhe um tapa no rosto.
- Mas por quê? Ele não me fez nada…
- Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!
E o homem aproximou-se mais do Mestre e do discípulo. Este, então, chegou até o homem, pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa que estalou. Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o discípulo foi ao chão, por causa do inesperado do ataque.
Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o discípulo já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro quando outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:
- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”. Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2.
Quando o homem se aproximou, o discípulo pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o discípulo, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com um tapa, um pouco mais forte.
Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.
- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2. Pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se se julgar mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Repita o mesmo com esse aí que vem chegando.
A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o discípulo e assim falou:
- O que é isso, moço?… Mereço uma explicação, não acha? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra! Estou falando sério!
- Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem.
- E querem ver como reajo?
- Sim. Exatamente isso…
- Já reparou que não tem sentido?
- Como não? Já aprendemos ótimas lições com as reações das outras pessoas. Queremos saber qual a lição que você irá nos ensinar…
- Ainda não perceberam que isso não faz sentido? Por que agredir as pessoas assim, gratuitamente?
- Queremos verificar – interferiu o Mestre – as reações mais imediatas e primitivas das pessoas. Você tem alguma sugestão ou consegue atinar com alguma alternativa?
- De momento, não me ocorre nenhuma. De uma coisa, porém, estou certo: – Esse teste é muito bárbaro, pois agride os outros. Estou, realmente, muito assustado e chocado com essa ação de vocês, que parecem pessoas inteligentes e sensatas. Certamente, deverá haver algo menos agressivo e mais inteligente. Não acham?
- Enfim – perguntou o discípulo – como você vai reagir? Vai revidar?
Ou vai nos ensinar uma outra maneira de conseguir aprender o que desejamos?
- Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com dois malucos. Afinal, meu tempo é precioso demais e não vou desperdiçá-lo com vocês. Quando encontrarem alguém que não seja tão sensato e paciente como eu, vão aprender o que é agredir gratuitamente as pessoas. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço… São uns perfeitos idiotas… Imagine só, dar tapas nos outros… Besteira… Idiotice… Falta do que fazer… E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento… Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatães!
Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro luar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:
- Agora, você já sabe como age o homem do nível 3. Gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo “pra lá”, pois “não tem tempo” para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os “outros” resolverem. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “Dono da Verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando, por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra “muleta”) e se gaba por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Ainda precisa das “muletas” para continuar vivendo, mas começa a perceber que talvez seja melhor andar sem elas. No entanto, por “preguiça vital” e simples falta de força de vontade, prefere continuar a utilizá-las. De resto, não passa de um medíocre enfatuado que sabe apenas argumentar e tudo criticar.
Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem.
E a cena repetiu-se. O caminhante olhou para o discípulo e perguntou:
- Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?
- Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada.
- Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?
- É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?
- Hoje, vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Até chego a arriscar-me a afirmar que vocês já encontraram esse tipo de pessoa, não é mesmo? Mas também se não corrermos algum risco na vida, nada, jamais, poderá ser conseguido, em termos de evolução. Sob esse ponto de vista, a metodologia experimental que vocês imaginaram é tão boa como outra qualquer. Já encontraram alguém que não entendesse o que estão a fazer e igualmente reações hostis, não é mesmo? Por outro lado, como se trata de um aprendizado, gostaria muito de acompanhá-los para partilhar desse aprendizado. Aceitar-me-iam como companheiro de jornada? Gostaria muito de adquirir novos conhecimentos. Posso ir com vocês?
- E se tudo o que dissemos for mentira? E se estivermos mal-intencionados? – perguntou o Mestre – Como reagiria a isso?
- Somente os loucos fazem coisas sem uma razão plausível. Sei, muito bem, distinguir um louco de um são e, definitivamente, tenho a mais cristalina das certezas de que vocês não são loucos. Logo, alguma razão vocês deverão ter para estarem agredindo gratuitamente as pessoas. Essa razão que me deram é tão boa e plausível como qualquer outra. Seja ela qual for, gostaria de seguir com vocês para ver se minhas conjecturas estão certas, ou seja, de que falaram a verdade e, se assim o for, compartilhar da experiência de vocês. Enfim, desejo aprender cada vez mais, e esta é uma boa ocasião para isso. Não acham?
Instantaneamente, tudo se desfez e logo estavam em outro ambiente, muito semelhante aos anteriores. O Mestre assim comentou:
- O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo, talvez há um mês ou dois. Ainda sente falta delas, mas já compreendeu que o melhor mesmo é viver sem elas. Dentro de muito pouco tempo, só mais um pouco de tempo, talvez mais um ano ou dois, assim que se acostumar, de fato, a sequer pensar nas muletas, estará realmente começando a trilhar o caminho certo para os próximos níveis.
Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem, e vamos ver como reage um homem do nível 5.
O tapa estalou.
- Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estavas necessitando de ajuda. Em que te posso ser útil?
- Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?
- Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?
- Estamos dando tapas nas pessoas que passam, para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal…
- Então, é nisso que te posso ajudar? Ajudar-te-ei com muita satisfação pedindo-te perdão por não haver logo percebido que desejas aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se estás querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderás a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou a fazer com vocês, neste momento. Ainda terás um longo caminho pela frente, mas se desejares, posso ser o teu guia nos passos iniciais e te poupar de muitos transtornos e dissabores. Sinto-me perfeitamente capaz de guiar-te nos primeiros passos e fazer-te chegar até onde me encontro. Daí para diante, faremos o restante do aprendizado juntos. O que achas da proposta? Aceitas-me como teu guia?

Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre assim se expressou:
- Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a Humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção sobre si mesmo e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. Sabe ser humilde e reconhece que ainda tem muito a aprender para atingir níveis evolutivos mais elevados. E deseja partilhar gratuitamente seus conhecimentos com todos os seres humanos. Compreende que a imensa maioria dos seres humanos usa “muletas” diversas e procura ajudá-los, dando-lhes exatamente aquilo que lhe é pedido, de acordo com a “muleta” que estão usando ou com o que lhes é mais acessível no nível em que se encontram. A partir do nível 5, o ser humano adquire a faculdade de perceber em qual nível o seu interlocutor se encontra.
Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem. Vamos ver como reage o homem do nível 6.
E o buscador iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entenderá como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.
- Meu filho querido! Por que você queria ferir-se a si mesmo? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a Humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?
- Mas estamos realizando um experimento para descobrir qual será a reação das pessoas a uma agressão gratuita.
- Por que você não aprende primeiro a amar? Por que, em vez de dar um tapa, não dá um beijo nas pessoas? Assim, em lugar de causar-lhes sofrimento, estará demonstrando Amor. E o Amor é a Energia mais poderosa e sublime do Universo. Se você aprender a lição do Amor, logo poderá ensinar Amor para todas as outras células da Humanidade, e tenho a mais concreta certeza de que, em muito pouco tempo, toda a Humanidade será um imenso organismo amoroso que distribuirá Amor por todo o planeta e daí, por extensão, emitirá vibrações de Amor para todo o Universo. Eu amo a todos como amo a mim mesmo. No instante em que você compreender isso, passará a amar a si mesmo e a todos os demais seres humanos da mesma maneira e terá aprendido a Regra de Ouro do Universo: – Tudo é Amor! A vida é Amor! Nós somos centelhas de Amor! E por tanto amar você, jamais poderia permitir que você se ferisse, agredindo a mim. Se você ama uma criança, jamais permitirá que ela se machuque ou se fira, porque ela ainda não entende que se agir de determinada maneira perigosa irá ferir-se e irá sofrer. Você a amparará, não é mesmo?
Você deverá aprender, em primeiro lugar, a Lição do Amor, a viver o Amor em toda sua plenitude, pois o Amor é tudo e, se você está vivo, deve sua vida a um Ato de Amor. Pense nisso, medite muito sobre isso. Dê Amor gratuitamente. Ensine Amor com muito Amor e logo verá como tudo a seu redor vai ficar mais sublime, mais diáfano, pois você estará flutuando sob os influxos da Energia mais poderosa do Universo, que é o Amor. E sua vida será sublime…
Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que este último em que estiveram. Então o Mestre falou:
- Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o Ser Humano em sua senda evolutiva, ainda na Matéria, no Planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um Homem Sublime, Inefável e quase Inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o Começo da Verdade, mas ainda não a conhece em toda sua Plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7.
Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando.
E o discípulo pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança encheram-lhe todo o seu ser.
- Bata nele! – ordenou o Mestre.
- Não posso, Mestre, não posso…
- Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!
- Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!
- Bate-me – disse o Homem com muita firmeza e suavidade – pois só assim aprenderás tua lição e saberás finalmente, porque ainda existem guerras na Humanidade.
- Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…
- Então – tornou o Homem – já aprendeste tua lição. Quem, dentre todos em quem bateste, a ensinou para ti? Reflete um pouco e me responde.
- Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora, compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que a s abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?
- Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terás muito que aprender, mas já aprendeste a primeira e a maior de todas as lições. Existe a Ignorância! – volveu o Homem com suavidade e convicção – Mas ainda existem outras coisas mais que deves ter aprendido. O que foi?
 
- Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante – as suas “muletas” – e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder. Nos outros níveis, comecei a entender que para se ensinar alguma coisa para alguém é preciso que tenhamos aprendido aquilo que vamos ensinar. Mas isso é um processo demorado demais, pois todo mundo quer tudo às pressas, imediatamente…
- A Humanidade ainda é uma criança , mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós – seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o Espaço Cósmico. Nossa vida individual só terá importância, mesmo, se conseguirmos entender e vivenciar, este conhecimento, esta grande Verdade: – Somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa.
- Mas sendo assim, para eu aprender tudo de que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?
- Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única Vida e tu já a estás vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverás por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Tu já foste energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E tu ainda és tudo isso. Compreende, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
- Mas mesmo assim, então, não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3.
- E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois tu já estás a ensinar o que aprendeste, nesta breve jornada mental. Já aprendeste que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste Planeta Terra.
O Autor deste conto conseguiu transmiti-lo, há alguns milênios, através da Tradição Oral, durante muitas e muitas gerações. O Autor deste trabalho, ao ler esse conto, há muitos anos atrás, também aprendeu a mesma lição e agora a está transmitindo para todos aqueles que vierem a lê-lo e, no final, alguns desses leitores, um dia, ensinarão essa mesma lição a outros irmãos humanos. Compreendes, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste Planeta Terra, para que aprendas tudo e que possas transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios?
É só uma questão de tempo…

[Culpa de quem?] Crise na Grécia

Fonte: http://blogjoelbueno.blogspot.com/2011/06/mundo_27.html

 

A coisa está para lá de feia. Desemprego, falência do estado, convulsão social. Tem até gente passando fome, gente que até ontem era remediada. A imprensa livre informa que isso acontece porque os gregos tinham um monte de privilégios. Aposentavam cedo, por exemplo. Tiinham muitos feriados. Muitos funcionários públicos. Hoje, n'O Globo, um bobabalhão que escreve em página nobre descobriu que a crise grega prova que a social-democracia é inviável. Alguém esqueceu de avisá-lo que quem gastou o que não tinha foi um governo conservador.

O que não aconteceu é fácil de entender. Os bancos se ferraram, enfiados em pirâmides financeiras. Os governos correram para ajudar, com uma pressa que eles não têm quando se trata de gente na miséria, refugiados das guerras tribais ou crianças vivendo nas ruas. Os países mais fortes levaram um tranco, mas seguraram a onda. Os países menores quebraram, para garantir que a banca não quebrasse.

Simples assim. Mas é claro que não foi nada disso. Foi o irresponsável que se aposentou aos 60 anos, ao invés de morrer antes.

terça-feira, 21 de junho de 2011

O câncer é causado por um fungo?

O médico italiano Tullio Simoncini, autor do livro “O câncer é um fungo”, descobriu algo simples que considera a causa do câncer. Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana de tratamentos alternativos contra o Câncer quando apresentou sua terapia.


Ele observou que todo paciente de câncer tem aftas. Isso já era sabido pela comunidade médica, mas sempre foi tratado como uma infecção por fungos - Candida albicans.

Dr. Tullio achou muito estranho que todos os tipos de câncer tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores, mas todos têm em comum o aparecimento de aftas no paciente.

Então pode estar ocorrendo o contrário: a causa do câncer pode ser o fungo – pensou ele. E, para tratar esse fungo, usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio.

Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonato de sódio não apenas ingerível, mas também metodicamente controlado sobre os tumores.

Para saber mais veja o vídeo clicando no link abaixo: http://www.cancerfungus.com/simoncini-cancro-fungo.php.
O medico fala italiano, mas a legenda está em português. Basta clicar em “Vídeo com subtítulos”.

Lembro que é muito perigoso tomar bicarbonato de sódio por conta própria, uma vez que em excesso ele afeta os rins. O tratamento feito pelo médico dura no máximo seis dias, tempo suficiente para acabar com as colônias de fungos.

A teoria de Tullio Simoncini de que os fungos só se desenvolvem num meio ácido comprova o quanto é importante a alimentação alcalinizante, rica em vegetais crus e pobre em alimentos industrializados. Portanto, não adianta tratar aftas e câncer com bicarbonato e continuar com uma vida desregrada em termos de alimentação. O segredo está em dosar tudo. De nada resolve fazer a cura pela babosa, a cura pelo bicarbonato, a cura pelo limão, se nosso corpo continua ácido, uma vez que é depósito de comida acidificante.

Consumismo Infantil, um problema de todos

http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/ConsumismoInfantil.aspx

Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconseqüente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves conseqüências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.

De pais e educadores a agentes do mercado global, todos voltam os olhares para a infância − os primeiros preocupados com o futuro das crianças, já os últimos fazem crer que estão preocupados apenas com a ganância de seus negócios. Para o mercado, antes de tudo, a criança é um consumidor em formação e uma poderosa influência nos processos de escolha de produtos ou serviços. As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família (TNS/InterScience, outubro de 2003). Carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, quase tudo dentro de casa tem por trás o palpite de uma criança, salvo decisões relacionadas a planos de seguro, combustível e produtos de limpeza. A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a participar do universo adulto quando é diretamente exposto às complexidades das relações de consumo sem que esteja efetivamente pronto para isso.

As crianças são um alvo importante, não apenas porque escolhem o que seus pais compram e são tratadas como consumidores mirins, mas também porque impactadas desde muito jovens tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é praticamente imposto.

Nada, no meio publicitário, é deliberado sem um estudo detalhado. Em 2006, os investimentos publicitários destinados à categoria de produtos infantis foram de R$ 209.700.000,00 (IBOPE Monitor, 2005x2006, categorias infantis). No entanto, a publicidade não se dirige às crianças apenas para vender produtos infantis. Elas são assediadas pelo mercado como eficientes promotoras de vendas de produtos direcionados também aos adultos. Em março de 2007, o IBOPE Mídia divulgou os dados de investimento publicitário no Brasil. Segundo o levantamento, esse mercado movimentou cerca de R$ 39 bilhões em 2006. A televisão permanece a principal mídia utilizada pela publicidade. Ao cruzar essa informação com o fato da criança brasileira passar em média quatro horas 50 minutos e 11 segundos por dia assistindo à programação televisiva (Painel Nacional de Televisores, IBOPE 2007) é possível imaginar o impacto da publicidade na infância. No entanto, apesar de toda essa força, a publicidade veiculada na televisão é apenas um dos fatores que contribuem para o consumismo infantil. A TNS, instituto de pesquisa que atua em mais de 70 países, divulgou dados em setembro de 2007 que evidenciaram outros fatores que influenciam as crianças brasileiras nas práticas de consumo. Elas sentem-se mais atraídas por produtos e serviços que sejam associados a personagens famosos, brindes, jogos e embalagens chamativas. A opinião dos amigos também foi identificada como uma forte influência.

Não é por acaso que o consumismo está relacionado à idéia de devorar, destruir e extinguir. Se agora, tragédias naturais, como queimadas, furacões, inundações gigantescas, enchentes e períodos prolongados de seca, são muito mais comuns e freqüentes, foi porque a exploração irresponsável do meio ambiente prevaleceu ao longo de décadas.

Concentrar todos os esforços no consumo é contribuir, dia após dia, para o desequilíbrio global. O consumismo infantil, portanto, é um problema que não está ligado apenas à educação escolar e doméstica. Embora a questão seja tratada quase sempre como algo relacionado à esfera familiar, crianças que aprendem a consumir de forma inconseqüente e desenvolvem critérios e valores distorcidos são de fato um problema de ordem ética, econômica e social.

O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, combate qualquer tipo de comunicação mercadológica dirigida às crianças por entender que os danos causados pela lógica insustentável do consumo irracional podem ser minorados e evitados, se efetivamente a infância for preservada em sua essência como o tempo indispensável e fundamental para a formação da cidadania. Indivíduos conscientes e responsáveis são a base de uma sociedade mais justa e fraterna, que tenha a qualidade de vida não apenas como um conceito a ser perseguido, mas uma prática a ser vivida.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ELEIÇÕES BIOMÉTRICAS – DO HAITI PARA O BRASIL

por José Rodrigues Filho
 
Em meados da década passada, segundo a imprensa internacional, o Haiti realizou as suas primeiras eleições biométricas, com o apoio logístico da Organização dos Estados Americanos (OEA), cuja assistência técnica visava fortalecer países da América Latina em transição democrática, incluindo o Brasil. Por sua vez, nas eleições de 2010, o Brasil fez o teste de urnas biométricas, após 10 anos de experiência com as urnas eletrônicas.

Comenta-se que o Haiti é um país em que as pessoas pobres que lutam para sobreviver nas grandes favelas são, em geral, identificadas como criminosas e terroristas, enquanto alguns membros da elite, muitas vezes participantes de cartéis, e militares responsáveis por massacres podem até concorrer à presidencia, com a proteção internacional de países ricos.

Os governos dos países desenvolvidos tem proibido que seus cidadãos sejam identificados através da tecnologia biométrica, exceto em casos de tiragem de passaportes, por conta da pressão dos Estados Unidos, por considerar que esta tecnologia é associada com a estigmatização ou marginalização social dos indivíduos, resultante de sua longa utilização para identificar criminosos através de impressões digitais. No século dezoito Lombroso, na Itália, utilizou a biometria na sua criminologia racista para identificar criminosos por traços físicos.

Portanto, a utilização de tecnologias altamente sofisticadas, como urnas biométricas, vem sendo experimentadas nas sociedades em que a exclusão social é marcante, a exemplo do Haiti, países da África e agora do Brasil. Se o Brasil é um país que deseja alcançar o desenvolvimento deve adotar as boas práticas dos países desenvolvidos e não de países como o Haiti e outros africanos. É preciso compreender que desde o 11 de setembro de 2001 que os Estados Unidos estão tentando identificar criminosos e terroristas no mundo inteiro e a tecnologia biométrica está avançando de forma surpreendente, principalmente nos países com bolsões de pobreza, como o Brasil.

Juristas e criminalistas europeus já estão observando que a tecnologia biométrica está trazendo à memória a identificação biológica e racista de Lombroso. Imagine, num futuro breve, os mais pobres, os negros e pessoas dotadas de determinados caracteres biológicos não poderem mais viajar para o mundo desenvolvido por serem identificadas e estigmatizadas como criminosas, terroristas ou com alguma deformação física.

Portanto, são vários os estudos mostrando o quanto a tecnologia biométrica está causando severos riscos à segurança e à privacidade das pessoas, além de outras vulnerabilidades, enquanto a sua utilização, principalmente no setor privado, escapa do controle governamental, sendo uma forte ameaça aos direitos humanos, já que envolve questões éticas muito sérias. No Brasil não parece existir uma legislação disciplinando a certificação das aplicações biométricas, que estão sendo utilizadas sem nenhuma supervisão do governo. A centralização de um banco de dados biométricos por parte da Justiça Eleitoral é uma acumulação de poder tamanha que ameaça o Estado de Direito, caso não seja devidamente justificado por um setor independente de proteção de dados.

A força das tecnologias de informação ameaça o Direito e seus profissionais, quando já se fala até no fim dos advogados. Por conta disto, talvez muitas cortes de justiça estejam negligenciado a questão da privacidade e proteção de dados das pessoas no mundo inteiro. Vale lembrar que a utilização da biometria em larga escala não apenas questiona a posição do individuo na sociedade, mas também altera a arquitetura ou natureza da sociedade como um todo.

Por isto, é necessário que os estudiosos brasileiros, principalmente na área jurídica, elaborem um chamamento convincente para proibir a utilização da biometria do ponto de vista ético, relacionado com valores e a dignidade humana, ou do ponto de vista político, mostrando a interferência na autonomia individual, ou dos perigos do controle de uma sociedade investigada.

Alguns juristas constitucionalistas europeus, baseados nas constituições do Estado Democrático Constitucional, buscam aprofundar o reconhecimento dos direitos e liberdades fundamentais quanto à utilização de diversas tecnologias, incluindo aí as tecnologias biométricas. Vale lembrar que os poderes do Estado são derivados da soberania de seus cidadãos, que desejam que o funcionamento da democracia respeite a trias política (poder executivo, legislativo e judiciário), sem que um poder queira ultrapassar o outro e todos sejam devidamente transparentes.

No Brasil, a própria urna eletrônica e outras bugigangas tecnológicas a ela acopladas devem ser analisadas do ponto de vista de ameaças ao Estado de Direito e não apenas do ponto de vista puramente técnico. A urna eletrônica é um artefato técnico que fere os direitos fundamentais do eleitor que, ao votar, não sabe se seu voto foi registrado ou não. Por outro lado, este artefato não demonstra claramente o principio de correspondência, ou seja, um voto para cada pessoa (one man one vote), além de não permitir um processo de auditoria. Por estas razões, as urnas eletrônicas não são utilizadas no mundo desenvolvido, por ferir princípios democráticos básicos e serem facilmente violadas. A Alemanha recentemente, por exemplo, tornou o voto eletrônico inconstitucional naquele país, enquanto países como a Holanda, Inglaterra e Irlanda abandonaram seus projetos de voto eletrônico, já em andamento.

Se a tecnologia de urna eletrônica é vista como um instrumento inseguro pela comunidade científica nacional e internacional, cabe aos juristas brasileiros avaliá-la agora do ponto de vista constitucional. Por sua vez, a inconstitucionalidade da urna biométrica parece ser mais aparente. Não está clara para a sociedade brasileira a justificativa para a sua utilização. Por que precisamos delas? Há quem diga que a biometria per si não é um problema. A questão central é sobre o controle de sua utilização: quem está controlando “big brother”?
 
 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Belo Monte

http://colunistas.yahoo.net/posts/11717.html

Energia da colônia

Por Lúcio Flávio Pinto

Se a hidrelétrica de Belo Monte, a maior obra de infra-estrutura em andamento no Brasil, é inviável, como apregoam os seus críticos, por que o governo a aprovou, há empresas privadas interessadas nela e tantos técnicos – e mesmo cientistas – se manifestam em defesa do projeto?
A resposta a essa pergunta fundamental serve de prova dos nove da operação. Muitos reagem com aprovação imediata à iniciativa. Afinal, ela não passou pelo teste dos engenheiros e matemáticos? Logo, tem consistência.
Tudo que é sólido, porém, se dissolve no ar, advertiu o filósofo da crítica radical (aquela que pega os fatos por sua raiz). Belo Monte pode se enquadrar nesse truísmo. Mas para que a sua equação funcione, é preciso que a incógnita permaneça irrevelada até o fim, fim esse que corresponde ao fato consumado, ao leite derramado, à morte de Inês no poema formador da língua, agora em processo de deformação.
Essa incógnita é o governo. Belo Monte devia fazer parte de uma nova família, criada pela política de privatização do Estado dos social-democratas tucanos e mantida, com atualizações e adequações, pelos antigos jovens turcos petistas (hoje mais para nouveaux riches, quando não arrivistas). O Estado recuaria para a função reguladora e as empresas particulares assumiriam a vanguarda do processo econômico. Colocariam no jogo o que é sua razão de ser (e, por suposto, sua supremacia): o capital de risco.
Mas metade das ações da Norte Engenharia, que já começou a construir a usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, é da Chesf, a empresa federal de energia do Nordeste. Estatais e fundos de previdência são também os maiores acionistas das empresas que constroem as hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, no rio Madeira, em Rondônia.
Ao invés de assumirem o comando das obras, as empresas privadas retroagiram à sua função original, de empreiteiras, conforme o velho modelo capitalista, refinado durante o regime militar (1964-85). Algumas delas (nem sempre as principais) mantiveram participação no capital das concessionárias de energia para atuar com mais desenvoltura no futuro, quando o investimento estiver amortizado e for o momento de faturar tarifas das mais caras do planeta.
Não podia ser de outra forma? Na ótica delas, não. Em dez anos, o orçamento de Belo Monte saltou de R$ 10,4 bilhões para R$ 31,2 bilhões. Quanto será o valor de chegada? No caso da hidrelétrica de Tucuruí, que deu a partida com 2,1 bilhões de dólares,  o custo final ultrapassou US$ 10 bilhões. No orçamento de Belo Monte não está incluída a linha de transmissão (que, na melhor das hipóteses, sairá por mais de dois terços da obra de geração) e alguns outros itens milionários.
Uma das causas dessa triplicação entre 2001 e 2011 é a complexidade do projeto de engenharia. Originalmente, o projeto seguiria o esquema convencional. Como alagaria área enorme e precisaria de mais de um barramento rio acima, provocou grande reação na opinião pública. Para não criar grandes reservatórios, o desenho foi modificado.
O tamanho da área de inundação diminuiu significativamente, mas teve efeitos adversos. Sem retenção de água, a usina passará a funcionar com água corrente. Como no verão a vazão do rio é mínima, a hidrelétrica ficará paralisada durante três ou quatro meses. Com isso, a média de energia que poderá gerar estará abaixo de 40% da sua capacidade nominal. Isto significa kW mais caro. Muito mais.
Além disso, um complicado sistema de diques terá que ser construído para manter a vazão lateral do rio até a casa de força, onde estarão as 20 enormes turbinas. Diante da complexidade do desafio, ninguém poderá garantir que não haverá vazamento. Será mais um fator de perda de energia a complicar a viabilização do negócio.
Para que o projeto não fosse à ruína, além de assumir o controle acionário da empresa responsável pela obra, o governo garantirá o financiamento. O BNDES se comprometeu a entrar com 80% do custo de Belo Monte. Como é uma despesa gigantesca, o dinheiro sairá do caixa do tesouro nacional, fonte de R$ 200 bilhões incorporados ao banco nos últimos dois anos (recorde em todos os tempos). Se o equilíbrio financeiro ficar ameaçado ou for comprometido, sabe-se de onde virá a salvação.
Trata-se mesmo de uma tarefa salvífica, missionária. É o que explica o desdém de todos os participantes do projeto pelas exigências prévias para o licenciamento ambiental. A licença foi dada mesmo com ao óbvio descumprimento das cláusulas acertadas com o Ministério Público Federal. A presunção é de que o governo, grande ausente na área, agitada pela iminência da grande obra, surgirá de súbito para fazer o que não foi feito. A fundo perdido.
Sua atitude não será a socialização dos prejuízos e privatização dos lucros, tão reprovável quanto contumaz? Talvez seja, mas para o governo o que importa é a meta traçada no novo Plano Decenal, apresentado no final do mês passado: extrair da Amazônia, em 2020, 23% das necessidades brasileiras de energia. A participação atual da região é de 10%.
Se acontecer esse incremento, de 265%, com a oferta de mais 28 mil megawatts extraídos dos rios amazônicos, as participações das demais regiões cairão: do Sudeste/Centro-Oeste, de 60% para 46,6%; e do Sul, de 16% para 14% (apenas o Nordeste terá um ligeiro aumento, de 14% para 17%).
A Amazônia se tornará, de vez, na grande província energética brasileira. Cederá a força motriz da sua bacia hidrográfica, a maior do mundo, para ser transformada em produtos acabados a milhares de quilômetros de distância. Não era exatamente esse o paraíso vislumbrado por Euclides da Cunha um século atrás. Mas seu vaticínio se realizará: será um paraíso perdido. Pobre Amazônia rica.