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domingo, 29 de abril de 2012

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Violência contra os pobres




A realidade desmente o dito estampado em todos os ônibus que circulam em nossas cidades: “Moradia, direito de todos, dever do Estado”.



Embora o número de moradias existentes seja suficiente para abrigar todos os que necessitam de uma casa, não dispõe o Brasil como, por exemplo, a Inglaterra, de uma legislação que obrigue o proprietário cujo imóvel permanece ocioso por certo tempo a alugá-lo a quem decida ocupá-lo e por um preço fixado pelo poder público.



A conseqüência disso é a ocupação de terrenos vazios por famílias sem teto, com a finalidade de neles construir precárias habitações.



Quando isto acontece, o proprietário entra imediatamente na justiça com um pedido de despejo.



A lei o favorece, porque assegura mais proteção ao direito de propriedade do que ao direito à moradia, bem como à norma constitucional (artigo 5, XII), que exige o cumprimento da função social da propriedade.



Recebendo o pedido, o Juiz concede imediatamente mandado de despejo contra os ocupantes – mandado este que é executado incontinente e geralmente de maneira violenta.



Ninguém, na sociedade brasileira, está isento de culpa pela injustiça que assim se comete contra esses nossos compatriotas.



O Executivo, porque não dispõe de um dispositivo eficaz de estímulo à construção de casas para a população de baixa renda e porque não exige dos proprietários de imóveis o cumprimento da função social da propriedade.



O Judiciário, porque a maioria dos juízes concede mandados de despejo de forma automática, sem a menor preocupação em comprovar o direito dos demandantes. Conhece-se o caso de um juiz que assinou, em cima da coxa, na semi-escuridão da “boite” em que se encontrava.



Há juízes que não se contentam em ordenar os despejos, mas comparecem a esses atos, não com o propósito de evitar violências, mas de estimular a violência dos policiais. No caso recente do despejo da ocupação do Pinheirinho, em São Jose dos Campos, no estado de São Paulo, o juiz da comarca fantasiou-se de “rambo” e, munido de um fuzil, fez ameaças aos ocupantes. Até hoje o Tribunal de Justiça de São Paulo não tomou providência alguma para punir esse energúmeno.



Também não está isento de culpa o Ministério Público, cujos promotores, via de regra, não comparecem aos despejos, como determina a lei, sendo que os órgãos superiores não punem os promotores faltosos.



A grande imprensa escrita, falada e televisiva prima por distorcer a realidade das ocupações e apresentar os ocupantes como marginais empenhados em ganhar dinheiro ilicitamente.



Finalmente, têm parcela de culpa nos infaustos eventos todos aqueles que se omitem na denúncia desse verdadeiro escândalo.



Urge a elaboração de um projeto de lei de iniciativa popular – portanto, nos mesmos moldes do projeto que impulsionou a criação da Lei da Ficha Limpa –, que impeça concessão de mandado de despejo sem que o poder público indique local digno para onde serão levadas as famílias, com transporte adequado para levá-las a um novo e definitivo lar.

Governador da Bahia não quer PMs com estudo porque eles "se insubordinariam"

O governador Beto Richa (PSDB) disse em entrevista à rádio CBN, nesta quinta-feira, que acha positivo que os policiais militares do estado não tenham diploma de curso superior.
A polêmica entre o governo e as associações que representam os policiais militares, que queriam que o governo passasse a exigir diploma dos que entram na corporação.
ndo Richa, é bom que os policiais não tenham diploma, porque gente formada normalmente é muito insubordinada.
"Outra questão é de insubordinação também, uma pessoa com curso superior muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou um superior, uma patente maior", afirmou o governador.
A declaração do governador é um desestímulo à educação e à cultura dentro da corporação. Nitidamente, o que Richa defende, em sua declaração, é que a PM dê preferência a pessoas que não estudem.
Além de tudo, mostra uma miopia em relação à realidade do mundo. Como se pessoas sem estudo superior não pudessem ser contestadoras ou insubordinadas (pela versão de Richa, as greves comandadas por Lula no ABC nunca existiram).
A função do Estado é estimular o estudo, e não o contrário. Mais do que isso: o governador não deveria desejar uma corporação de gente que simplesmente atende ordens cegamente, como ele parece querer. E, sim, fomentar um ambiente em que as pessoas sejam capazes de autonomia.
Richa poderia, sem nenhum problema, defender que não é preciso diploma para ser policial. Mas com outros argumentos.

Justiça inocentou Boris Casoy... Isso sim é uma vergonha!

Por Altamiro Borges

A Justiça acaba de negar uma ação do trabalhador Gilson Silva Sousa exigindo indenização por dano moral contra o apresentador Boris Casoy, da TV Bandeirantes. O processo foi movido devido às declarações preconceituosas do âncora do Jornal da Band na noite de 31 de dezembro de 2009. Na ocasião, diante do vídeo de dois garis desejando feliz ano novo, Boris Casoy explicitou todo o seu elitismo sem perceber um vazamento de áudio: “Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho”.

Na noite seguinte, diante a reação dos telespectadores, o jornalista até pediu desculpas meio a contragosto: “Ontem durante o programa eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Eu peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores”. Numa entrevista à Folha, porém, Boris Casoy mostrou que não se arrependeu da frase e do seu pensamento elitista, mas sim do vazamento do áudio. “Foi um erro. Vazou, era intervalo e supostamente os microfones estavam desligados”.

"Expressões genéricas"?

Apesar da gravidade do episódio, o relator do caso, desembargador José Ricardo Porto, julgou que os argumentos apresentados na ação foram improcedentes. “Na verdade, o episódio provoca dissabor e não dano moral indenizável. O nome do autor jamais foi mencionado e as expressões enfatizadas são genéricas”, argumentou. Vale citar um bordão bem conhecido na tevê brasileira, que nem parece ser uma concessão pública: esta decisão da Justiça “é uma vergonha”.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

CORREÇÃO: Lei do implante de microchip nos Estados Unidos NÃO FOI APROVADA



ERRATA: Esta lei NÃO foi aprovada. 

A proposta de lei é real, mas, felizmente, não foi aprovada... Porém é bom ficarmos atentos... Lembram que após o fracasso do projeto SOPA veio o ACTA? Da mesma forma pode aparecer algum novo projeto de implante de microchip.

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Texto original:


http://www.vigiai.com.br/novo-sistema-de-saude-dos-eua-exige-implante-de-microchip.html
Imagem do Artigo








Os Estados Unidos vão criar um Dispositivo de Registro Médico Nacional para cadastrar todas as pessoas elegíveis ao Novo sistema de saúde. A implementação do dispositivo será...obrigatório!
"Enterrado na mais profunda das seções dentro das 1.018 páginas do maciço documento sobre o reforma do Sistema de Saúde Americano em uma seção "não-discutida" pelo Senado americano intitulada: Subtitle C-11 seg. 2521 - National Medical Device Registry, declara a sua finalidade como:
(1) "O secretário deve elaborar um Dispositivo como Registro Nacional de Saúde (na presente subseção referido como o "Registro") para facilitar a análise da segurança de dados e dos resultados em cada dispositivo que''(A) é ou tem sido usado dentro ou em um paciente e''(B) é um dispositivo de classe III, ou''(ii) um dispositivo de classe II que é implantável." 
O que exatamente é um dispositivo implantável de classe II?
Foi Aprovado pela FDA, um dispositivo implantável classe II no qual é um dispositivo de radiofrequência ou chamado RFID. Este é um sistema de transponder para identificação do paciente e informações sobre o histórico de saúde do indivíduo. A finalidade de um dispositivo de classe II é a coleta de dados médicos em pacientes, tais como:
"reivindicações de dados;
levantamento de pacientes;
arquivos padronizados de análise que permitam a partilha e análise de dados provenientes de ambientes de dados díspares;
registros de saúde eletrônicos;
e quaisquer outros dados considerados apropriados pelo secretário".
Este tipo de dispositivo seria implantado na maioria das pessoas que optarem por tornar-se elegíveis ao plano de saúde público americano. Com a reforma das empresas de seguros privados no qual incorporaram assistência médica, estas cobram taxas ultrajantes e oferecem poucos serviços e opções. Por este motivo, muitas pessoas irão mudar a cobertura de um plano de saúde privado por algo mais acessíveis. Isso significa que o número de pessoas que escolherão o sistema único de saúde pública vai aumentar, consegüentemente o número de pessoas forçadas a implantar o microchip serão aos milhares também.
Os adultos ainda tem uma opção, se mudar ou não de plano, pois ao contrário de todas as crianças que nascerem nos Estados Unidos, que no momento do nascimento não estiverem cobertos por um plano de saúde aceitável, serão qualificados e introduzidas ao Programa CHIP ou inscritas no Plano de Assistência Médica para Crianças.
Crianças concebidas por pais que já estão cobertos pela opção do sistema único de saúde pública, mais que provavelmente serão implantadas com um chip com o consentimento de seus pais. Eventualmente todos os americanos deverão optar pelo microchip, pois poucos poderão permitir-se de pagar um Plano de Saúde Privado, tendo de recorrer a única opção que lhes resta, o plano único de de saúde.
Em outras palavras, de acordo com este relatório, esta nova lei aprovada, oferece a estrutura para tornar os Estados Unidos a primeira nação no mundo a exigir que todos e cada um de seus cidadãos tenham implantado neles um microchip de identificação à rádio freqüência (RFID), com a finalidade de controlar quem é ou não permitido cuidados médicos em seu país.
Consultando a página 1006, linha 20, o documento indica que o dispositivo deve ser implementado no prazo de até 36 meses depois que a reforma do sistema de saúde foi aprovada e virou lei (23 de Março 2010) através da assinatura do Presidente dos EUA, Barack Obama.
Já na página 503, linha 17, refere-se a um dispositivo de vigilância Médica. Por que o governo americano usaria a palavra vigilância ao se referir aos cidadãos? A definição de vigilância é o monitoramento do comportamento e atividades ou outras informações que se alteram, geralmente nas pessoas e muitas vezes de forma secreta.
Em teoria, a intenção de simplificar o sistema de saúde e eliminar a fraude através do uso de microchips parece algo bom em primeira instância, mas uma superpotência mundial obrigar aos cidadãos o uso do dispositivo a ser implantado é assustador!
Não acredita? Pesquise você mesmo. Healthcare Bill HR 3200:
Página 503, linha 17 e página 1006, linha 20
Leia a seção 1. Background

[Quinentos Anos Depois...] Desumanidade e injustiça nos crimes do sul da Bahia contra os originários índios pataxós


"É preciso fazer barulho, passar adiante, se manifestar, denunciar. Está acontecendo agora, a qualquer momento, enquanto comemos, enquanto dormimos, isso está acontecendo. Relatos documentados da covardia criminosa contra comunidades inteiras, famílias como as nossas famílias. O sentimento preconceituoso contra os índios - como qualquer preconceito contra qualquer coisa ou pessoa - só revela o nível primário de consciência. O sentimento de superioridade revela a inferioridade. A busca da igualdade plena - em direitos e deveres - é uma das mais nobres, difíceis e valiosas buscas da humanidade, no caminho da sabedoria e do conhecimento pleno, infinita estrada por onde todos nós andamos, a família humana entre tantas vidas universo afora.
Esse caminho passa pela consciência de que somos uma única família e existimos como tal."
                                                                 (Eduardo Marinho)

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A LUTA DO POVO PATAXÓ HÃ HÃ HÃE (SUL DA BAHIA):
 
BREVE CRÔNICA DE UMA SITUAÇÃO DE INJUSTIÇA

Prof. Dr. Carlos José Ferreira dos Santos
Universidade Estadual de Santa Cruz - Ilhéus/Bahia

Faz tempo que a região dos municípios de Pau-Brasil, Itajú Do Colônia e Camacan é palco de constantes disputas e conflitos em relação às terras indígena do Posto Indígena Caramuru Catarina Paraguaçu. Até a criação do Posto aquela área era habitada pelos povos Pataxós Hã Hã Hãe, Kamakã, Baenã e Tupinambá, entre outros, como atestam os relatórios do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia - IHGB feitos nas décadas de 1920-1930. Em 1927, o Governo Federal criou o Posto Indígena numa área bem menor da que os índios ocupavam até então. De acordo com o relatório feito pelo IHGB em 13 de maio de 1925, a extensão do território indígena ”ainda não ocupado pelas plantaçõe s de cacau” era de “cerca de 300 léguas”. Porém, o mesmo relatório solicitou apenas 50 léguas para a população indígena.
Uma das justificativas para a criação do posto foi proteger os índios dos constantes massacres que sofriam. Esta situação foi relatada em carta enviada pelo missionário Frei Bento de Sousa para o Diretor de Serviço de Proteção aos Índios, em 28 de março de 1924. Nela, o clérigo relata:

Na qualidade de missionário católico e brasileiro, peço humildemente ao Sr. Diretor  que tome  providencias acerca destes pobres  brasileiros, que infelizmente qualquer civilizado pode invadir-lhe os terrenos, expulsá-los a bala. Chamar o engenheiro para medir as terras roubadas e afinal comprá-las legalmente ao governo. O pobre caboclo não repele o invasor, foge mais para a mata. Acessados pela fome, às vezes  roubam mandiocas ou matam alguma rez. Tem se matado índios no Rio Pardo como bichos. Houve quem levasse roupas de varíolas  e as deixasse em lugares onde os caboclos as achassem, para os destruir. De fato, viam-se mais tarde os urubus baixando sobre as matas (SOUSA, 28 de março de 1924).

Vale ponderarmos que: ao invés de impedir o massacre feito pelos que estavam ocupando o território e expulsando as comunidades indígenas da região, o caminho adotado foi a redução territorial indígena. Assim perguntamos: por que o governo não expulsou então, os invasores, preservando o território indígena em suas dimensões? Com a criação do Posto, mesmo em sua dimensão reduzida, em tese aquelas terras seriam de usufruto da população indígena local.
Contudo, desde a instalação do Posto, o Serviço de Proteção ao Índio - SPI iniciou o arrendamento irregular daquelas terras para posseiros e particulares. O governo da Bahia, por sua vez, emitiu títulos sobre aquelas terras. Emissão irregular porque as mesmas pertenciam ao Posto Indígena. Esta situação tem criado um quadro de constates práticas de violência e usurpação dos direitos das comunidades indígenas.
Acreditamos que o Supremo Tribunal Federal (STF) precisa julgar com urgência a nulidade dos títulos emitidos de forma irregular. A ação de retomada das terras feitas pela comunidade indígena é uma tentativa de apressar o julgamento e obter de volta o que é de direito. Por isto dizem que "não é invasão porque estamos retomando o que é nosso". Vale lembrar que foi no sentido de cobrar agilidade no julgamento da nulidade dos títulos que em 1997 foi assassinado (queimado vivo) em Brasília o índio Galdino Jesus dos Santos. Assim como o índio Galdino, outras pessoas já morreram por causa deste conflito e o pior é que as mort es talvez continuem. Veja o relato a seguir feito pela Comunidade Pataxó Hã Hã Hãe sobre o dia 21/04/2012 quando realizavam um ato em repúdio à violência na área:

Estranhamente, assim que as pessoas (indígenas e os que apoiam a luta deste povo) desciam dos veículos eram revistadas pelos policiais que, tão logo nos revistaram e vasculharam nossos pertences, se evadiram da área e nos deixaram entregues à própria sorte. Ato contínuo, os pistoleiros apareceram em muitos veículos, tais como motocicletas, caminhonetes e carros de passeio, além dos que apareceram à pé, saindo dos pastos, e nos atacaram fortemente. Os funcionários da FUNAI que estavam nos acompanhando nos ajudaram com os veículos da FUNAI e, juntamente com os veículos da própria comunidade, demos fuga para nossas mulheres e crianças e a todos os homens que ainda encontraram espaço nos veículos. Todos os demais tiveram que fugir pelos pastos, correndo para salvar suas vidas, sob uma verd adeira chuva de balas. Os pistoleiros nos perseguiram pelas estradas, em seus veículos, chegando ao absurdo da impressão de que até mesmo os policiais estariam nos escoltando, à frente dos pistoleiros, para fora de nossa terra. As pessoas que ficaram para trás, nos pastos, foram sendo localizadas, por celular, enquanto subiam as serras para nos contatar. Elas foram sendo instruídas a seguir para locais onde fomos podendo resgatá-las. Ainda temos pessoas desaparecidas e sem nos contatar: não sabemos se ainda estão vivas.
Denunciamos as polícias Federal, Militar e Civil, primeiramente por nos terem garantido que das áreas de onde saíram os veículos dos pistoleiros não haveria nenhum homem armado; denunciamos por haverem nos revistado e constatado que não estaríamos em condições de reagir a qualquer ataque; e, finalmente, por terem se evadido do local sem nos socorrer, enquanto estávamos sob forte ataque.
Dado ao absurdo desta situação, solicitamos a todas as entidades que nos apoiam, aos nossos amigos e às pessoas simpatizantes de nossa causa que nos ajudem a divulgar esta denúncia.
Posto Indígena Caramuru Catarina Paraguaçu, 22 de abril de 2012.
A Comunidade Pataxó Hã Hã Hãe.

Cabe a Justiça Brasileira uma resolução imediata e definitiva deste quadro de disputa. Em 26 de setembro 2010 já ocorreu um primeiro julgamento: “os títulos imobiliários e os registros cartorários implementados em benefícios dos réus (posseiros e arrendatários) e seus antecessores são completamente nulos”.
Somente com a manutenção deste julgamento, a justiça será feita e a situação irá começar a se acalmar.Portanto, pensamos que, atualmente, em grande parte a culpa do conflito é a demora no julgamento da nulidade dos títulos emitidos irregularmente sobre as terras indígenas Pataxó Hã Hã Hãe.

Prof. Dr. Carlos José Ferreira dos Santos
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Coordenador do Projeto PIBID-UESC-Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença
Comissão Organizadora do Seminário de História Indígena: Índios Marcelino

OBS.: Parte da mídia apresenta uma visão preconceituosa, criminalizando a população indígena daquela área. Mantenha-se informado de forma alternativa sobre o que ocorre, acompanhando o site:

terça-feira, 24 de abril de 2012

A Verdadeira Face da Justiça no Brasil: Delegado Indignado Com Juiz e Promotor Diz Verdades Terríveis e Pede Transferência



Fonte: http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-delegado-indignado-com-juiz-e-promotor-diz-verdades-terr%C3%ADveis-e-pede-transfer%C3%AAncia


Por que Buenos Aires enlouquece a mídia


Fracassarão novamente os que preveem derrota da nacionalização do petróleo. Há nove anos, a Argentina avança – exatamente por desprezar o neoliberalismo

Por Mark Weisbrot, no The Guardian | Tradução: Antonio Martins

A decisão do governo argentino, de re-nacionalizar a YPF, antiga empresa estatal de petróleo e gás, foi recebida na mídia internacional com brados de ultraje, ameaças, presságios de tormenta e ruína e até xingamentos.
Já vimos este filme antes. Quando o governo argentino entrou em moratória da dívida externa, no final de 2001, e desvalorizou sua moeda algumas semanas depois, choveram lamentos e condenações na imprensa. A medida provocaria inflação descontrolada, fecharia o crédito internacional à Argentina e provocaria ao final escassez de divisas. A economia iria mergulhar numa espiral de recessão.
Nove anos depois, o PIB de Argentina cresceu cerca de 90%, o índice mais alto no hemisfério. Os índices de desemprego estão no patamar mais baixo de todos os tempos; tanto a pobreza quando a “pobreza extrema” foram reduzidas em dois terços. Os investimentos sociais, já corrigidos pela inflação, quase triplicaram. Provavelmente por isso, Cristina Kirchner foi reeleita em outubro, numa vitória arrassadora.
Esta história de sucesso raramente é contada, em especial porque implicou reverter muitas das políticas neoliberais fracassadas que – apoiadas por Washington e pelo FMI – conduziram o país a sua pior recessão, entre 1998 e 2002. Agora, o governo está revertendo outra política neoliberal dos anos 1990: a privatização do setor de petróleo e gás, que jamais deveria ter ocorrido.
Há razões de sobra para esta atitude, e é muito provável que ela se demonstre, também neste caso, acertada. A Repsol, companhia espanhola que controlava 57% da YPF argentina, deixou de produzir o suficiente para abastecer uma economia em crescimento acelerado. Entre 2004 e 2011, a extração de petróleo declinou quase 20%; e a de gás, 13%. A YPF foi a principal responsável pelo recuo. E as reservas comprovadas de petróleo e gás da companhia também caíram substancialmente, nos últimos anos.
O declínio da produção não é um problema relacionado apenas ao consumo das pessoas e empresas, mas, ao mesmo tempo, um tema macroeconômico de grande importância.
O déficit de petróleo e gás levou a uma rápida alta das importações. Em 2011, elas dobraram, em relação aos 9,4 bilhões de dólares do ano anterior, absorvendo boa parte do superávit comercial argentino. Obter um resultado positivo é muito importante para a Argentina desde a moratória de 2011. Como o governo tem pouco acesso aos mercados financeiros internacionais, ele precisa acautelar-se e acumular um volume importante de divisas, para evitar uma crise no balanço de pagamentos. É por isso que não pode dar-se ao luxo de deixar nas mãos do setor privado a produção e distribuição de energia.
Por que, então, o ultraje contra a decisão de Buenos Aires de assumir – por meio de uma troca forçada – o controle de uma empresa que, durante a maior parte de sua história, foi a companhia nacional de petróleo? O México nacionalizou seu setor petrolífero em 1938 e – como diversos países da OPEP – sequer permite investimento estrangeiro na extração. A maior parte dos países produtores – da Arábia Saudita à Noruega – tem estatais petrolíferas. A privatização do óleo e do gás nos anos 1990 foi uma aberração de neoliberalismo selvagem. Mesmo quando o Brasil privatizou empresas estatais avaliadas em U$ 100 bilhões, nos anos 1990, o governo de então manteve-se como acionista majoritário da Petrobrás.
O controle soberano sobre os recursos energéticos tem sido uma parte importante da recuperação econômica da América Latina, vista por muitos como sua “segunda independência”. A Bolívia renacionalizou sua indústria de hidrocarbonetos em 2006, e elevou a receita advinda de suas fontes energéticas de 10% do PIB para 20%. No governo de Rafael Correa, o Equador ampliou progressivamente o controle sobre seu petróleo e sobre as empresas privadas que atuam no setor.
A Argentina, portanto, está se alinhando aos vizinhos e revertendo antigos erros no setor de energia. Já seus detratores estão em posição frágil para atirar pedras. As agências de avaliação de risco estão ameaçando rebaixar a Argentina. Seria o caso de levá-las a sério, depois de elas terem atribuído notas AAA para as hipotecas baseadas em créditos podres, durante a bolha imobiliária; e de terem, mais tarde, fingido que o governo dos EUA poderia tornar-se insolvente? Já as ameaças da União Europeia e do governo de direita da Espanha partem de um continente que vive a segunda recessão em três anos e está a meio caminho de uma década perdida, com índices de desemprego que chegam a 24%, precisamente no estado espanhol.
É interessante notar que a Argentina alcançou seu notável sucesso dos últimos nove anos embora recebesse pouquíssimo investimento direto externo e de ter sido afastada, em grande medida, dos mercados financeiros internacionais. Segundo a maior parte dos jornais de negócios, estes são os dois agentes que qualquer governo mais precisa agradar, se quiser ser bem-sucedido. Porém, Buenos Aires tem outras prioridades. Talvez seja por isso que a Argentina recebe tantas críticas…


* Mark Weisbrot  é co-diretor of the Centro para Pesquisa Econômica e Política (CEPR), em Washington. Também é co-autor de Ao Sul da Fronteira, documentário de Oliver Stone. Em 28 de março, a Folha de S.Paulo, que reproduzia a cada duas semanas alguns de seus textos, interrompeu a publicação, sem oferecer motivos aos leitores

sexta-feira, 20 de abril de 2012

CPMI DO CACHOEIRA É BARALHO MARCADO

http://ossamisakamori.blogspot.com.br/2012/04/cpmi-do-cachoeira-e-baralho-marcado.html

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A esta hora, 11h30min, a CPMI do Cachoeira deve estar instalado pelo Congresso Nacional pela vice-presidente, em função do impedimento do senador Sarney que está hospitalizado. 

Segundo notícias da imprensa, foi colhido mais de 360 assinaturas dos parlamentares do total de 594 congressistas. Todos querem sair bem na fotografia. Incrível, mesmo! A esta hora todos são santos. Passa impressão perante o eleitorado de que quem assinou o pedido do CPMI é inocente.  São santos, mesmos!  

O baralho já está marcado.  Os membros da Comissão, que em sua maioria são da base do governo, vão cair de pau mesmo no Demóstenes Torres (DEM), Marconi Perillo (PSDB) e de quebra no Agnelo Queiroz (PT). Os 3 vão sofrer massacres pelos 593 parlamentares santos.  
A estratégia traçada pelo Lula e Dilma vai ser na mesma linha. Queima Agnelo do partido do governo, para mostrar à população que está cortando a própria carne.  Bem os 3 nem precisaria da CPMI.  A própria Polícia Federal se encarregaria de levar aos Tribunais. Quanto ao Cachoeira, nem precisa comentar, já está na cadeia do Papuda em Brasília. Aliás o Cachoeira está sendo defendido pelo Márcio Bastos, ex-ministro da Justiça do governo Lula.Deve ter razões próprias para isto.

Muito bem. Todos falam em Demóstenes, Perillo e Agnelo.  Por mim, os 3 deveriam estar na cadeia junto com o Cachoeira no Papuda.  Estes até já deveriam estar fora do objeto da CPMI.  A Polícia Federal e o Ministério Público Federal seriam as instituições próprias para acusações das personagens citadas. Para que chover no molhado? Só para desviar atenção do povo, para que a CPMI não cheguem no lugar onde Lula e Dilma não querem que chegue?

Escutem uma coisa.  Corrupção existe porque existe corruptos.  Os corruptos no caso são os tais personagens Demóstenes, Perillo e Agnelo.  Mas onde tem corruptos tem os corruptores.  E quem são estes corruptores?
Não estão dizendo que eles os corruptores são Cachoeira e Delta? Bem o Cachoeira já está no Papuda.  Mas, o dono da Delta está onde? Entendi, está soltinho da Silva. Por que não vão atrás do cara?  Por que não prende, preventivamente o dono da Delta e põe-o no Papuda como fez com o Cachoeira?  Uai, é porque ele é bonito?

Por mim, a CPMI deveria ir na garganta do dono da Delta.  Ele não é o corruptor principal?  Então, mande fazer devassa nas empresas dele.  Para que tem TCU e CGU? Devassa nas obras federais da Delta. Uai, não tem COAF para rastrear a movimentação financeira das empresas Delta? Creio que tem, se rastreaou as contas dos funcionários da justiça em todo o Brasil, creio que rastrear conta de meia dúzia de empresas do dono Delta, é coisa fácil! Por que não fazem?  

Vocês já sabem, se a CPMI do Cachoeira, tentar blindar o dono da Delta e as suas empresas pela base do governo, está mais do que evidente de que houve e está havendo relação incestuosa do Lula e Dilma com o empresário que está no polo ativo da corrupção.  

Se não houver blindagem do dono da Delta, Marcela Temer vai ser primeira dama no próximo Natal.

Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi professor da UFPR, cidadão brasileiro.
Atende pela rede social twitter : @sakamori10

A justificativa para a estatização da YPF na Argentina

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-justificativa-para-a-estatizacao-da-ypf  
Por Marco Antonio L.
Da CartaCapital

A Argentina e o risco político

O descompasso energético tem custado muito caro à Argentina. Eis aí a justificativa, simples, para a ação supostamente intempestiva da Casa Rosada.

André Siqueira

O Brasil poderá levar ainda alguns anos para assumir um posto entre os países desenvolvidos, mas é de causar espanto o coro fácil de nossa mídia com seus pares do chamado primeiro mundo. Uma rápida análise das relações comerciais recentes do País com os vizinhos da América do Sul mostra o quanto tivemos a ganhar ao apoiar (ou, no mínimo, não desqualificar) as decisões soberanas de governantes com relação ao uso de seus recursos naturais. Como a recente decisão da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de estatizar a petrolífera YPF, e assumir a participação que cabia à espanhola Repsol – cujos interesses são defendidos por quase todos os editoriais brasileiros

Em meio às denúncias de inobservância a contratos, ilegalidades e aos alertas quanto às terríveis represálias de bancos, multinacionais e líderes europeus quebrados, pouca ênfase é dada à operação tartaruga realizada pelos grandes grupos privados que controlam o setor petrolífero argentino. Entre 2003 e 2010, o consumo de petróleo e gás subiu 38% e 25%, respectivamente, enquanto a produção declinou 12% e 2,3% no mesmo período. Isso em um país com uma das maiores reservas mundiais provadas de gás de xisto. 

O descompasso energético tem custado muito caro à Argentina (a estimativa é de um rombo crescente de 60 bilhões de dólares neste ano), mas apenas há três anos o setor era superavitário. Eis aí a justificativa, simples, para a ação supostamente intempestiva da Casa Rosada.

Vale lembrar que o público incauto de alguns dos principais telejornais brasileiros ficou a imaginar que os espanhóis foram simplesmente expulsos e saíram de mãos abanando da Argentina. Pouca ou nenhuma menção foi feita ao fato de que um tribunal federal irá decidir o valor a ser pago pelas ações da empresa.
Há um mês, a Petrobras teve uma concessão cassada por uma província argentina. Novamente, seria demais esperar que alguém lembrasse, nesse momento tão caliente, que a decisão não coube ao governo federal, além de afetar uma área que permanecia inexplorada pela estatal brasileira.

Os argentinos se cansaram de esperar, e classificaram o petróleo como um recurso de “interesse nacional”. A expressão aparece destacada em cada texto sobre o assunto, como se não se tratasse de uma obviedade absoluta para qualquer outro país produtor da commodity. Difícil imaginar, em pleno século 21 e com o preço do barril a oscilar na casa de 100 dólares, que quem tenha uma gota de óleo a explorar não reconheça o produto como de interesse nacional.

É mais ou menos o que aconteceu, em 2006, quando Evo Morales foi acusado por expulsar a Petrobras da Bolívia. Na verdade, o presidente apenas percebeu que, enquanto o preço do petróleo era alçado às alturas em todo o mundo, seu país continuava a fornecer gás natural barato ao Brasil, apenas para “cumprir contratos”.

Por não ter enviado jatos militares e tanques para a fronteira, o presidente Lula foi retratado na capa da revista Veja com um pé no traseiro. E eis que, em fevereiro último, a Petrobras inaugurou na Bolívia sua terceira fábrica de processamento de gás – um investimento de 115 milhões de dólares em pleno “território inimigo”.

No vizinho Peru, de acordo com uma notícia recente publicada pelo Valor e ainda não confirmada oficialmente, Petrobras, Braskem e Odebrecht estariam à frente de um projeto de 16 bilhões de dólares. Vale lembrar o que havia dito sobre o Brasil o presidente Ollanta Humala, logo depois de eleito, em meados do ano passado: “não queremos repetir com o Brasil o ditado mexicano que diz que a desgraça do México é estar tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”.

Finalmente, pude ouvir na semana passado o cônsul venezuelano Robert Torres comemorar, durante um evento em São Paulo, o aumento em mais de cinco vezes do fluxo comercial com o Brasil ao longo da última década. Quantas vezes o governo brasileiro foi acusado de pegar leve em meio aos “desmandos” de Hugo Chávez?

A mensagem que fica é a de que o Brasil só tem a ganhar com a política de boa vizinhança na região. E perde quando nossas empresas tomam atitudes que sugerem prepotência e dão asas ao medo de mais uma ameaça imperialista.

Enquanto isso, convivemos com tarifas e regras absurdas impostas à entrada dos nossos produtos nos Estados Unidos e na União Europeia – como questioná-las, se estão previstas nos contratos?
E, nos EUA, uma lei a ser aprovada pelas casas legislativas da Flórida promete proibir prefeituras e agências locais de fechar contratos acima de um milhão de dólares com empresas que mantêm atividades em Cuba. A medida, à espera de sanção do governador republicano Richard Scott, ameaça negócios de mais de 2 bilhões de dólares da Odebrecht naquele estado americano.

A repercussão do episódio americano, por aqui, além de muito inferior à da ação do governo argentino contra uma empresa espanhola, não mereceu nem de longe o mesmo tom indignado. É compreensível que o El Pais, o Financial Times e o Wall Street Journal defendam os interesses de grupos locais. Da imprensa brasileira, o mínimo a se esperar é uma avaliação objetiva, diante de tantas evidências, sobre onde nossos interesses estão mais sujeitos ao chamado risco político.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Propaganda?

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/742147-homem-que-esfaqueou-tres-em-mercado-de-sp-foi-contido-meia-hora-apos-ataque.shtml 


Por que o silêncio sobre a Islândia?

http://ronaldolivreiro.blogspot.com.br/2012/04/porque-o-silencio-sobre-islandia.html



ODiario.info

Theo Buss

Os acontecimentos que sucederam ao desencadear da crise na Islândia - demissão em bloco do governo; nacionalização da banca; referendo, de modo a que o povo se pronuncie sobre as decisões económicas fundamentais; prisão dos responsáveis pela crise e reescrita da Constituição pelos cidadãos – têm sido 
sistematicamente silenciados. Compreende-se porquê. Mas há a necessidade de divulgar esse exemplo.


Se há quem acredite que nos dias de hoje não existe censura, então que nos esclareça porque é ficámos a saber tanta coisa acerca do que se passa no Egipto e porque é que os jornais não têm dito absolutamente nada sobre o que se passa na Islândia.
Na Islândia:
- o povo obrigou à demissão em bloco do governo;
- os principais bancos foram nacionalizados e foi decidido não pagar as dívidas que eles tinham contraído junto dos bancos do Reino Unido e da Holanda, dívidas que tinham sido geradas pelas suas más políticas financeiras;
- foi constituída uma assembleia popular para reescrever a Constituição.
Tudo isto pacificamente.
Uma autêntica revolução contra o poder que conduziu a esta crise. E aí está a razão pela qual nada tem sido noticiado no decurso dos últimos dois anos. O que é que poderia acontecer se os cidadãos europeus lhe viessem a seguir o exemplo?

Sinteticamente, eis a sucessão histórica dos factos:
- 2008: o principal banco do país é nacionalizado. A moeda afunda-se, a Bolsa suspende a actividade. O país está em bancarrota.
- 2009: os protestos populares contra o Parlamento levam à convocação de eleições antecipadas, das quais resulta a demissão do primeiro-ministro e de todo o governo.
A desastrosa situação económica do país mantém-se.
É proposto ao Reino Unido e à Holanda, através de um processo legislativo, o reembolso da dívida por meio do pagamento de 3.500 milhões de euros, montante suportado mensalmente por todas as famílias islandesas durante os próximos 15 anos, a uma taxa de juro de 5%.
- 2010: o povo sai novamente à rua, exigindo que essa lei seja submetida a referendo.
Em Janeiro de 2010, o Presidente recusa ratificar a lei e anuncia uma consulta popular.
O referendo tem lugar em Março. O NÃO ao pagamento da dívida alcança 93% dos votos.
Entretanto, o governo dera início a uma investigação no sentido de enquadrar juridicamente as responsabilidades pela crise.
Tem início a detenção de numerosos banqueiros e quadros superiores.
A Interpol abre uma investigação e todos os banqueiros implicados abandonam o país.
Neste contexto de crise, é eleita uma nova assembleia encarregada de redigir a nova Constituição, que acolha a lições retiradas da crise e que substitua a actual, que é uma cópia da constituição dinamarquesa.
Com esse objectivo, o povo soberano é directamente chamado a pronunciar-se.
São eleitos 25 cidadãos sem filiação política, de entre os 522 que apresentaram candidatura. Para esse processo é necessário ser maior de idade e ser apoiado por 30 pessoas.
- A assembleia constituinte inicia os seus trabalhos em Fevereiro de 2011 a fim de apresentar, a partir das opiniões recolhidas nas assembleias que tiveram lugar em todo o país, um projecto de Magna Carta.
Esse projecto deverá passar pela aprovação do parlamento actual bem como do que vier a ser constituído após as próximas eleições legislativas.

Eis, portanto, em resumo a história da revolução islandesa:
- Demissão em bloco de um governo inteiro;
- Nacionalização da banca;
- Referendo, de modo a que o povo se pronuncie sobre as decisões económicas fundamentais;
- Prisão dos responsáveis pela crise e
- reescrita da Constituição pelos cidadãos:

Ouvimos falar disto nos grandes media europeus?
Ouvimos falar disto nos debates políticos radiofónicos?
Vimos alguma imagem destes factos na televisão?
Evidentemente que não!
O povo islandês deu uma lição à Europa inteira, enfrentando o sistema e dando um exemplo de democracia a todo o mundo.