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sábado, 31 de março de 2012

Nióbio: A Maior Riqueza do Brasil Está Sendo Roubada

do site http://canaldescubra.wordpress.com




Este vídeo revela o que Marcos Valério disse: "O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do CONTRABANDO DE NIÓBIO" e ainda que José Dirceu estava negociando com bancos uma mina de nióbio no Amazonas.

Lula ficou hospedado em 2002 na casa do dono da produtora em Araxá (MG), cuja ONG financiou o programa FOME ZERO.

As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas, sendo este o maior motivo da demarcação contínua das reservas, com total liberdade das ONGs internacionais e das mineradoras estrangeiras.

Desde a década de 80, o governo federal nunca a explorou, deixando o contrabando agir livremente, num acordo entre a Presidência da República e os países consumidores.

O NIÓBIO (Nb) É EMPREGADO EM INDÚSTRIAS NUCLEARES, NA PRODUÇÃO DE MOTORES DE AVIÃO, EM EQUIPAMENTOS DE FOGUETES, NA PRODUÇÃO DE JÓIAS, ARTIGOS DE BELEZA, FIBRA ÓTICA, BANDA LARGA (INTERNET)... ELE É USADO EM VÁRIAS APLICAÇÕES.

O BRASIL TEM MAIS DE 97% DESTE METAL QUE É ENCONTRADO EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA (AMAZONAS), QUE, ALÍAS, É A MAIOR RESERVA DO MUNDO, SERRA DO SOL (RORAIMA), ARAXÁ (MINAS GERAIS) E CATALÃO (GOIÁS), O QUE FAZ DO PAÍS O MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE NIÓBIO.


O CONSUMO MUNDIAL DESTE MINERAL BRASILEIRO É DE APROXIMADAMENTE 37.000 TONELADAS POR ANO.

O BRASIL PODERIA SE TORNAR UMA DAS MAIORES POTÊNCIAS MUNDIAIS (OU ATÉ A MAIOR) COM ESTA E VÁRIAS OUTRAS RIQUEZAS QUE POSSUÍMOS, ASSIM COMO OS EUA TEM O DÓLAR, QUE, BASEANDO-SE NO PETRÓLEO, SE MANTEVE NO TOPO POR TANTO TEMPO, O NIÓBIO PODERIA SER A BASE DA MOEDA BRASILEIRA, FAZENDO DO DINHEIRO BRASILEIRO UMA MOEDA FORTE, MAS OS NOSSOS GOVERNANTES PREFEREM CONTRABANDEAR ESTA RIQUEZA E SE ALIAR AOS ESTRANGEIROS. POR QUÊ? SOMENTE PORQUE SÃO CORRUPTOS E LADRÕES QUE QUEREM ENRIQUECER? NÃO!

PESQUISE SOBRE A AGENDA GLOBAL, SOBRE O GRUPO BILDERBERG, SOBRE OS ROCKEFELLERS, SOBRE A NOVA ORDEM MUNDIAL, O SIONISMO, O LIVRO AMARELO DOS JUDEUS OU LIVRO PROIBIDO, A LEI DE THELEMA, CONSPIRAÇÃO, SOCIEDADES SECRETAS, ILLUMINATI... ESTÁ TUDO LIGADO.

REPARE QUE A EUROPA E OS EUA JÁ ESTÃO EM CRISE E OBAMA JÁ VEIO VISITAR O BRASIL. PESQUISE VOCÊ MESMO E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES.

OUTRA FONTES -

domingo, 25 de março de 2012

[Documentário] "Prosperar" (Thrive - The world is waking up) (2011)

O tempo está acabando. Se o povo não parar de alimentar o sistema, em breve será instaurada uma ditadura mundial. Veja esse excelente documentário e entenda por que somos meros escravos da elite.

Luiz.

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"PROSPERAR" levanta o véu sobre o que está REALMENTE a acontecer no nosso mundo, seguindo a pista do dinheiro - desmascarando a consolidação global de poder exercido sobre quase todos os parâmetros das nossas vidas.
Interligando temas como o progresso da ciência, a consciência e o activismo, "PROSPERAR" oferece soluções reais, capacitando-nos para utilizar estratégias arrojadas para recuperar as nossas vidas e o nosso futuro.

Site Oficial - http://thrivemovement.com

Fonte: http://www.youtube.com/user/Cyloo#g/u

segunda-feira, 19 de março de 2012

As grandes famílias que governam o mundo

 
 
  

Algumas pessoas já começaram a perceber que são os grandes grupos financeiros que dominam o mundo. Esqueçam as intrigas políticas, os conflitos, as revoluções e as guerras. Não é puro acaso. Tudo está planeado de longa data.
Alguns chamam-lhe “teorias da conspiração” ou Nova Ordem Mundial. Seja como for, a chave para compreender os acontecimentos políticos e económicos actuais, está num restrito núcleo de famílias que têm vindo a acumular cada vez mais riqueza e poder.
Fala-se em 6, 8 ou talvez 12 as famílias que dominam verdadeiramente o mundo. Saber quais são é um mistério difícil de desvendar.

http://a1.idata.over-blog.com/276x318/1/18/15/06/5--9.7.9/Rockefeller-Roth--jpg

Não estaremos muito longe da verdade ao citar os Goldman Sachs, Rockefellers, Lehmans e Kuh Loebs de Nova Iorque, os Rothschild de Paris e Londres, os Warburg de Hamburgo, os Lazards de Paris e os Israel Moses Seifs de Roma.
Muita gente já ouviu falar no Clube de Bilderberg, da Trilateral ou dos Illuminatis. Mas, quais são nomes das famílias que dirigem o mundo acima dos Estados e controlam os organismos internacionais como a ONU, a NATO ou o FMI?
Para tentar responder a essa pergunta, podemos começar pelo mais fácil: recensear os maiores bancos mundiais e verificar quem são os accionistas, os que decidem.
As maiores empresas mundiais são actualmente: Bank of America, JP Morgan, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs e Morgan Stanley.

http://m.ecommerce-journal.com/files/levelimages/12580/1_node.jpg

Vejamos agora quem são os seus accionistas.

Bank of America:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock, FMR (Fidelity), Paulson, JP Morgan, T. Rowe, Capital World Investor, AXA e Bank of NY Mellon.
JP Morgan:
State Street Corp., Vanguard Group, FMR, BlackRock, T. Rowe, AXA, Capital World Investor, Capital Research Global Investor, Northern Trust Corp. e Bank of Mellon.
Citigroup:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock, Paulson, FMR, Capital World Investor, JP Morgan, Northern Trust Corporation, Fairhome Capital Mgmt e Bank of NY Mellon.
Well Fargo:
Berkshire Hathaway, FMR, State Street, Vanguard Group, Capital World Investors, BlackRock, Wellington Mgmt, AXA, T. Rowe e Davis Selected Advisers.
Podemos desde já constatar que aparece um núcleo presente em todas as entidades bancárias: State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock e FMR (Fidelity).
Para não as repetir vamos chama-los, daqui para frente os “quatro grandes
Goldman Sachs:
“os quatro grandes”, Wellington, Capital World Investors, AXA, Massachusetts Financial Service e T. Rowe.
Morgan Stanley:
“os quatro grandes”, Mitsubishi UFJ, Franklin Resources, AXA, T. Rowe, Bank of NY Mellon e Jennison Associates.
Como acabamos de verificar são praticamente sempre os nomes dos accionistas principais. Para ir mais longe, podemos agora tentar saber quais são os accionistas destas empresas accionistas desses maiores bancos mundiais.
Bank of NY Mellon:
Davis Selected, Massachusetts Financial Services, Capital Research Global Investor, Dodge, Cox, Southeatern Asset Mgmt e … “os quatro grandes”.
State Street Corporation (um dos “quatro grandes”):
Massachusetts Financial services, Capital Research Global Investor, Barrow Hanley, GE, Putnam Investment e … “os quatro grandes” (accionistas deles próprios!).
BlackRock (outro dos “quatro grandes”):
PNC, Barclays e CIC.
Quem é que está por trás de PNC? FMR (fidelity), BlackRock, State Street, etc
E por trás de Barclays? BlackRock
E podíamos continuar durante horas, passando pelos paraísos fiscais nas Ilhas Caimão, domiciliações jurídicas no Mónaco ou sociedades fictícias no Liechtenstein. Uma rede onde aparecem sempre as mesmas sociedades, mas nunca um nome de uma família.
Resumindo: as 8 maiores empresas financeiras dos Estados Unidos (JP Morgan, Wells Fargo, Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs, US Bancorp, Bank of New York Mellon e Morgan Stanley) são controladas a 100% por dez accionistas e temos quatros empresas sempre presentes em todas as decisões: BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity.

http://olivierdemeulenaere.files.wordpress.com/2010/11/federal-reserve.png

Além disso, a Reserva Federal é formada por 12 instituições bancárias, representadas por um conselho de administração de 7 pessoas, do qual fazem parte os representantes dos “quatro grandes”, que por sua vez estão presentes em todas as outras entidades.
Resumindo: a Reserva Federal está controlada por quatro grandes empresas privadas: BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity. Estas empresas controlam assim a políticas monetária americana (e mundial) sem qualquer controlo ou eleição “democrática”. Estas empresas desencadearam e participaram na crise económica mundial actual e graça a ela enriqueceram ainda mais.
Para acabar, uma vista de olhos para algumas das empresas controladas por este grupo dos “quatro grandes”:

Alcoa Inc.,
Altria Group Inc.,
American International Group Inc.,
AT&T Inc.,
Boeing Co.,
Caterpillar Inc.,
Coca-Cola Co.,
EI DuPont de Nemours & Co.,
Exxon Mobil Corp.,
General Electric Co.,
General Motors Corporation,
Hewlett-Packard Co.,
Home Depot Inc.,
Honeywell International Inc.,
Intel Corp.,
International Business Machines Corp.,
Johnson & Johnson,
JP Morgan Chase & Co.,
McDonald’s Corp.,
Merck & Co. Inc.,
Microsoft Corp.,
3M Co.,
Pfizer Inc.,
Procter & Gamble Co.,
United Technologies Corp.,
Verizon Communications Inc.,
Wal-Mart Stores Inc.
Time Warner,
Walt Disney,
Viacom,
Rupert Murdoch’s News Corp.,
CBS Corporation,
NBC Universal,


O mesmo se passa na Europa. Os “quatro grandes” controlam a grande maioria das empresas europeias cotadas em bolsa.
Além disso, todos os homens que dirigem os grandes organismos financeiros, seja o FMI, o Banco Central Europeu ou o Banco Mundial, foram “formados” e permanecem os “empregados” dos “quatro grandes” que os formaram.
Quanto aos nomes das famílias que controlam os “quatro grandes”, esses nomes nunca aparecem.

Fonte: Octopus

domingo, 18 de março de 2012

A Grande Farsa do Aquecimento Global e as 9 mentiras de Al Gore

http://agfdag.wordpress.com/2009/10/27/as-nove-mentiras-de-al-gore/

Al Gore aparece como o principal profeta do apocalipse no debate sobre o aquecimento global, e o documentário Uma Verdade Inconveniente é o evangelho dos que crêem nele. Mas Al Gore os enganou.
Há dois anos, o Juiz Michael Burton, da Alta Corte de Justiça Britânica, caracterizou o filme de Al Gore como “alarmista e exagerado no apoio à sua tese política”. O tribunal, respondendo a uma ação movida por um pai, disse que o filme é “unilateral” e não poderia ser exibido nas escolas britânicas, a menos que contivesse orientações para equilibrar a tentativa de Gore em promover a sua “doutrinação política”.

O Juiz baseou a sua decisão em nove inverdades que aparecem no filme. Mas o público em geral parece que desconhece essa história. Segue um resumo dos atos falhos de Gore, as justificativas e algumas considerações:

1. A alegação: o derretimento das geleiras na Groenlândia ou na Antártida fará com que o nível do mar suba cerca de 7 metros em um futuro próximo. A verdade: O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) concluiu que o nível do mar pode subir até 7 metros, mas ao longo de milênios – e insiste nessa previsão. O IPCC prevê um aumento de 7 a 23 centímetros até 2100. A alegação de Gore é “uma distorção muito perturbadora da ciência” segundo John Day, que discute o caso britânico no documentário Not Evil Just Wrong. O Juiz disse que a alegação de Gore “não está em linha com o consenso científico”.

2. A alegação: os ursos polares estão se afogando porque eles estão tendo que nadar mais para encontrar gelo. A verdade: o Juiz Burton observou que o único estudo que cita o afogamento de ursos polares (entre quatro deles) atribuiu a culpa pelas mortes a uma tempestade, e não a um eventual derretimento devido ao aquecimento global causado pela atividade humana. O Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado norte americano, além disso, considerou que a população atual de ursos é de 20.000 a 25.000, bem acima dos 5.000 a 10.000 que havia nas décadas de 1950 e 1960. Day diz em Not Evil Just Wrong que a estória dos ursos polares é “uma peça muito inteligente de manipulação”.

3. A alegação: o aquecimento global causou o furacão Katrina em 2005. A verdade: “É senso comum que não há provas suficientes para demonstrar isso”, escreveu Burton em sua sentença. Um artigo na revista New Scientist em maio de 2007 refutou o argumento do Katrina como sendo um “mito do clima”, já que é impossível estabelecer um vínculo entre um único evento climático e o aquecimento global.

4. A alegação: os aumentos de temperatura são o resultado de aumentos de dióxido de carbono. A verdade: Burton questionou os dois gráficos utilizados por Gore em Uma Verdade Inconveniente. Gore afirmou que há “um encaixe perfeito” entre a temperatura e o CO2, disse Burton, mas os seus gráficos não suportam esta conclusão. Os dados recentes também não apóiam essa tese: a temperatura média global tem diminuído há cerca de uma década, mesmo quando os níveis de CO2 continuam aumentando.

5. A alegação: A neve no Monte Kilimanjaro está derretendo por causa do aquecimento global. A verdade: O derretimento está em curso há mais de um século – muito antes dos jipões SUVs e dos aviões Jumbo – e parece ser o resultado de outras causas. O Juiz Burton observou que os cientistas concordam que a fusão não pode ser atribuída principalmente a “mudanças induzidas pela atividade humana no clima”.

6. A alegação: Lago Chade está desaparecendo por causa do aquecimento global. A verdade: Lago Chade está sim perdendo água, e os humanos estão sim contribuindo para essas perdas. Mas os humanos que vivem nas imediações do lago é que são os culpados – e não toda a humanidade que utiliza combustíveis fósseis. Burton cita fatores como o crescimento da população local, a super exploração e a variabilidade climática regional.

7. A alegação: As pessoas estão sendo forçadas a evacuar atóis do Pacífico, ilhas de coral que circundam as lagoas, por causa da invasão das águas do oceano. A verdade: Por sua própria natureza, os atóis são mais suscetíveis à subida do nível do mar. Mas Burton disse incisivamente em sua sentença que “não há evidência de qualquer evacuação como essa, posto que ainda não aconteceu nenhuma”.

8. A alegação: os recifes de coral estão sofrendo um clareamento e colocando os peixes em perigo. A verdade: Em sua decisão, Burton enfatizou a conclusão do IPCC de que o clareamento poderia matar recifes de coral – se estes não se adaptarem. Um relatório divulgado este ano mostra que os recifes estão prosperando em águas tão quente como algumas pessoas dizem que as águas do oceano serão daqui a 100 anos. Burton também afirmou que é difícil separar o estresse dos recifes de coral do excesso de pesca ou de quaisquer mudanças no clima.

9. A alegação: o aquecimento global poderia interromper “as correntes transportadoras de calor nos oceanos”, provocando uma nova idade do gelo na Europa Ocidental. A verdade: Mais uma vez, os aliados de Gore no IPCC estão em desacordo com este argumento. Burton cita a conclusão do IPCC, de que “é muito improvável que as correntes transportadoras nos oceanos parem de funcionar no futuro”. O fato é que a compreensão científica sobre como funcionam as correntes permanece instável, evidenciando a falha na afirmação de Gore.

[Documentário] ACORDE PARA A VERDADE ( WAKE UP CALL )

Excelente compilação com cenas de outros documentários sobre a Nova Ordem Mundial. Perfeito para iniciar a compreensão sobre o tema e sobre o panorama atual da política internacional. Imperdível!

Wake up call é um documentário que reúne diversas partes de outros documentários famosos, como "End Game", "Zeitgeist", dentre outros, com participação de David Icke, Alex Jones, fazendo uma síntese do objetivo de todos: acordar para a verdade. Recomendo assistir pois fala de diversos assuntos que a imprensa de hoje desconhece ou finge desconhecer(chips, nova ordem mundial, a elite globalista, sociedades secretas, a manipulação das massas através da mídia, etc).

Alerta do filme - "Não assista a este filme se você se baseia num sistema de crenças rígido que lhe dá significado à vida e uma falsa sensação de segurança. A informação apresentada neste filme é capaz de revolucinar sua vida, mas deve ser recebida com a mente aberta. A não ser que você esteja disposto a pôr temporariamente tudo o que pensa ser verdade de lado e se abrir para a possibilidade de que talvez tenha sido enganado toda a sua vida, este filme não é para você."


Fontes: http://www.youtube.com/user/SextaColuna e http://rarosdanet.blogspot.com.br/2010/12/download-wake-up-call-documentario.html


quinta-feira, 15 de março de 2012

Secretária de Habitação explica como expulsará os pobres da cidade de São Paulo


Maria Cecília, Secretária de Habitação da cidade de São Paulo, “aconselha” os cidadãos que a ouviam a procurar cidades menores “para poder aguentar”, e garante que desapropriações dos mais pobres continuarão.

“Pra morar nesta cidade, pra ser cidadão em São Paulo, que é a terceira maior cidade do mundo, tem que ter um custo e tem que ter condição de pagar. É o preço que se paga pra morar numa cidade como essa. Quem não tem renda a gente pretende começar um processo de desapropriação.” A afirmação foi feita pelo secretaria municipal de Habitação de São Paulo, Maria Cecília Sampaio, para moradores da favela do Coruja, na Zona Norte da capitl paulista.

A secretária municipal é responsável pela Habinorte, uma das regionais daquela secretaria, e deu as declarações durante reunião de trabalho com moradores da comunidade, na subprefeitura da Vila Maria e da Vila Guilherme, bairros da zona norte da cidade. No encontro também estava o chefe do gabinete da subprefeitura Josué Filemom.

Maria Cecília ainda “aconselha” os pobres que a ouviam a procurar cidades menores “para poder aguentar.”

Em fevereiro, um incêndio atingiu a comunidade e deixou mais de 60 famílias desabrigadas. A prefeitura decidiu, porém, que outras 40 famílias também terão de deixar o local, apesar de não terem tido suas casas atingidas pelo fogo.

Nesta terça-feira (13), o promotor de habitação do Ministério Público Estadual, Maurício Lopes, se encontra com para discutir representantes da secretaria paulistana de habitação para discutir o futuro das famílias daquela comunidade.

A prefeitura ofereceu aos moradores inscrição no programa Parceria Social – um auxílio-aluguel de R$ 300 e afirma que estuda um projeto habitacional para a comunidade. 
Rede Brasil Atual

quarta-feira, 14 de março de 2012

Porque NÃO votar no PT nem no PSDB


http://www.blogcidadania.com.br/2012/03/governistas-e-oposicionistas-se-unem-para-abafar-escandalos/

Governistas e oposicionistas se unem para abafar escândalos

Em dezembro do ano passado, imensa mobilização nas redes sociais converteu o livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, no maior best-seller político do século XXI no Brasil, com mais de cem mil exemplares vendidos – até a última divulgação da tiragem, feita há mais ou menos um mês. Esse êxito editorial foi logrado sem a menor participação da grande imprensa.
O livro apresentou provas irrefutáveis de que o ex-governador José Serra, parentes e amigos receberam verdadeiras fortunas do exterior, dinheiro que jamais teve comprovação de origem. Diante disso, o deputado comunista Protógenes Queiroz (SP) formulou um requerimento de CPI que obteve mais assinaturas do que o mínimo exigido. Esperava-se que fosse instalada logo após o fim do recesso parlamentar de fim de ano.
À época, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), dera declarações ambíguas sobre a instalação da CPI e, na volta dos trabalhos do Congresso, continuou na mesma toada. O tempo foi passando, já vai para um mês que o Congresso retomou seus trabalhos e a CPI da Privataria vai tendo o mesmo destino da CPI do Banestado, em 2003: o abafamento.
Ninguém nega que aquela CPI foi abafada por governistas e oposicionistas. O máximo que os governistas dizem é que estávamos no primeiro ano do governo Lula, quando o país vivia uma crise econômica muito séria após o desastre FHC e o governo ainda estava sendo ”testado” pela comunidade financeira internacional, de maneira que não seria interesse do país estabelecer uma “guerra política”.
Agora, como não há desculpa para não instalar a CPI da Privataria, no Congresso não se fala mais do assunto. Só o autor do requerimento de investigação e alguns raros deputados ainda tentam manter o assunto vivo.
Durante a semana que finda, mais um acordão de impunidade uniu petistas, tucanos, demos e companhia limitada. Veio à tona que o senador pelo DEM goiano, Demóstenes Torres, durante seis meses do ano passado conversou por telefone duas vezes por dia, todo dia, com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, além de ter sido presenteado pelo contraventor com uma cozinha importada no valor de 30 mil dólares.
O nome de Carlinhos Cachoeira ganhou repercussão nacional em 2004, após a divulgação de um vídeo que o flagrou oferecendo propina a Waldomiro Diniz, o que gerou a CPI dos Correios, que seria o começo do ataque da imprensa ao governo Lula, que duraria até o fim do seu segundo mandato.
Em 29 de fevereiro deste ano, Cachoeira foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, que desarticulou organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás. A notícia de que o bicheiro conversava duas vezes por dia, todo dia, com o senador do DEM goiano foi minimizada ou ocultada pela mídia oposicionista (Veja, Folha, Estadão e Globo).
Não satisfeito com o acobertamento da mídia, Demóstenes, “indignado” por acharem estranho que um senador, durante longo período, conversasse por telefone duas vezes ao dia, todo dia, com um criminoso e recebesse dele presentes caros, foi à tribuna do Senado manifestar a sua “indignação”. A reação esperável de seus pares seria que o interrogassem duramente, mas nem mesmo os seus adversários fizeram isso.
O pronunciamento de Demóstenes recebeu 44 apartes de representantes de todas as bancadas, do DEM ao PT. Os senadores Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, Romero Jucá, Lobão Filho, Aécio Neves, Aloysio Nunes Ferreira, Alfredo Nascimento, Eduardo Suplicy e Marta Suplicy, entre muitos outros, derramaram-se em elogios ao colega e o disseram “injustiçado”.
A conclusão que se impõe é a de que governistas e oposicionistas podem ter feito um acordo de leniência mútua, explicável, em parte, pelo ano eleitoral. A CPI da Privataria, por exemplo, parece que ficará como uma carta na manga dos governistas caso a oposição decida explorar o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, que deverá ocorrer ainda neste semestre.
O mais interessante, para usar um eufemismo, é que simpatizantes do governo e da oposição se engalfinham na internet todo dia e, enquanto isso, os políticos das duas vertentes se lambem, protegem-se, elogiam-se, acobertam-se mutuamente. Para os que temos simpatias políticas e nada mais, talvez seja hora de começarmos a entender que estamos fazendo papéis de idiotas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Assassinatos no Afeganistão e o depoimento de um ex-soldado dos EUA

http://blogdomello.blogspot.com/2012/03/assassinar-civis-inocentes-no.html


Um soldado dos EUA matou nesse domingo pelo menos 15 pessoas e feriu outras cinco, apenas entrando nas casas e executando quem encontrasse pela frente. [A notícia completa você pode ler aqui, na BBC]

Mês passado, outros soldados dos EUA queimaram várias cópias do Alcorão, no mesmo Afeganistão.

O desprezo pelo outro é comum nos soldados daquele país. Há menos de um ano o Spiegel mostrou imagens repulsivas de soldados dos EUA exibindo e humilhando corpos de civis do Afeganistão que eles haviam assassinado.

Confira que o assassinato frio não é exceção, mas lição que eles aprendem na Escola de Guerra:

Soldados americanos executam civis inocentes no Afeganistão e posam com seus corpos como troféus




As imagens "repulsivas" (na definição do Spiegel, de onde as retirei, a partir de uma postagem do Blog do Gadelha) mostram soldados americanos exibindo o corpo de um civil assassinado por eles. O Spiegel afirmou que tem várias outras imagens semelhantes e vídeos.

Segundo a reportagem um grupo de 12 soldados americanos vai à corte marcial por atos que o coronel das forças armadas dos USA Thomas Collins classifica como "repugnantes para nós como seres humanos e contrários às normas e valores dos Estados Unidos".

Na mesma linha, um comunicado do exército americano afirma que "[a ação dos soldados está] em absoluto contraste com a disciplina, o profissionalismo e o respeito que têm caracterizado o desempenho dos nossos soldados".

Não é o que afirma o ex-marine Jimmy Massey, que trabalhou durante 12 anos no exército dos EUA:

Jimmy Massey: Durante quase 12 anos ele foi um marine. Trabalhou no recrutamento de jovens para guerra no Iraque. E comandando seu pelotão no solo iraquiano.

Recentemente, esteve em Caracas, na Venezuela, para lançar seu livro Cowboys de Infierno. Na ocasião, deu uma entrevista à jornalista Rosa Miriam Elizalde. A seguir, trechos da entrevista, que pode ser lida na íntegra aqui (em espanhol).

Jimmy Massey por ele mesmo


Tenho 32 anos e sou um assassino psicopata treinado para matar. Não nasci com essa mentalidade. Foi o Corpo de Infantaria da Marinha dos EUA que me educou para ser um gângster das corporações americanas. O que sei fazer é vender aos jovens a idéia de alistar-se nos marines e matar. Sou incapaz de conservar um trabalho. Para mim os civis são desprezíveis, atrasados mentais, uns fracos, uma manada de ovelhas. Eu sou seu cão pastor. Sou um predador. No Exército me chamavam "Jimmy o Tubarão".

Marines


Os Estados Unidos só têm duas maneiras de usar os marines: para tarefas humanitárias e para assassinar. Nos 12 anos que eu passei no Corpo de Marines dos Estados Unidos jamais participei de missões humanitárias.

O que significa ser um recrutador militar nos EUA


Ser um mentiroso. A administração Bush tem incentivado a juventude americana a alistar-se no Exército e o que basicamente faz – e eu fiz também - é atraí-los com incentivos econômicos. [Se tiver estômago para imagens fortes, visite esta página, com mais informações e fotos – algumas bem chocantes – dos soldados americanos que acreditaram nas promessas de Bush]. Durante três anos recrutei 74 pessoas, que nunca me disseram que queriam entrar no Exército para defender o país nem alegaram nenhuma razão patriótica. Queriam receber dinheiro para ir a uma universidade ou obter um seguro de saúde. E eu lhes descrevia primeiro todas essas vantagens e só ao final lhes falava que iam servir à pátria. Jamais recrutei o filho de um rico.

Iraque: O ‘inimigo’ armado pelos EUA


Cheguei ao Iraque em março de 2003. Meu pelotão foi a vários lugares antes ocupados pelo Exército iraquiano. O que vimos foram milhares e milhares de caixas de munições que levavam a etiqueta norte-americana e estavam aí desde que os Estados Unidos ajudaram o governo de Saddan Hussein na guerra contra o Irã. Vi caixas com a bandeira norte-americana e até tanques dos EUA. Meus marines – eu era sargento de categoria E6, uma categoria superior ao sargento, e dirigia a 45 marines - me perguntavam por que havia munições de nosso país no Iraque. Não entendiam. Os relatórios da CIA afirmavam que Salmon Pac era um campo de terroristas e que íamos encontrar armas químicas e biológicas. Não encontramos nada. Nesse momento comecei a pensar que nossa missão realmente era o petróleo.

terça-feira, 6 de março de 2012

Alckmin: Nariz de pinóquio ou de tucano?




ESCRITO POR WALDEMAR ROSSI   
SÁBADO, 03 DE MARÇO DE 2012

Uma feliz coincidência a publicação pelo Diário de São Paulo de reportagem sobre a precariedade da Saúde Pública no estado e na cidade de São Paulo. Coincidência porque o início da série de reportagens de Fábio Pagotto se deu no primeiro domingo da quaresma, início da CF-2012 (Campanha da Fraternidade de 2012). A CF deste ano tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública” e como lema “Que a Saúde se difunda sobre a Terra", frase extraída do livro Eclesiástico (38, 8)*.

O repórter visitou três AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) na capital paulista e, em resumo, detectou o seguinte: filas enormes, carência de médicos e de funcionários. Em Parelheiros, a espera é em média de 4 horas para o atendimento, consultas sem os devidos exames e receita de medicamentos sem o diagnóstico preciso. No Jardim Mirna não havia clínico geral e no Jardim Campinas não havia médico.

Entrevistado, o cardiologista Paulo Zuppo Júnior revelou que trabalhou para o SUS por três meses, mas saiu por falta de condições, pois precisava atender mais de 80 pacientes em plantão de apenas 12 horas, além da falta de remédios, de insumos e de mais profissionais e agentes de segurança. “Não posso colocar a vida dos pacientes em risco dessa maneira!”, afirmou. Revelou ainda que o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Guaianazes ficou sem pediatra por quatro meses.

Segundo o presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), é uma vergonha a situação de alguns hospitais, comentando as mortes que ocorrem no Hospital das Clínicas. Revelou ainda que dos 55 mil médicos da cidade de São Paulo, 2/3 (mais de 37.000) estão no centro expandido, enquanto a periferia é carente desses profissionais. Por contradição, é justamente na periferia que moram os principais construtores desta cidade.

O governador Geraldo Alckmin reconheceu que faltam médicos nos hospitais da rede pública do estado e da cidade. Fez mais uma das suas tradicionais promessas, afirmando que irá apresentar um pacote para estimular a presença de médicos no SUS. Enquanto isso vai intensificando a terceirização do atendimento nos hospitais do estado e até no Hospital do Servidor Público Estadual. Colocou setores do Hospital das Clínicas - criado para atender gratuitamente a população do estado – a serviço de pacientes de convênios particulares, oferecendo-lhes o melhor e mais rápido atendimento, enquanto os mais necessitados esperam em longas filas, seja para o atendimento, seja para diagnósticos mais exigentes. E quantos morrem antes de serem diagnosticados?

Quanto ao pacote prometido para estimular a presença de médicos no SUS, nada mais é que um paliativo, pois todo o sistema de Saúde Pública está com carências estruturais e precisa ser reestruturado. A reestruturação exige investimentos que estão sendo canalizados para empresas particulares (OS – Organizações Sociais), que recebem1/3 do orçamento da saúde na cidade (mais de R$ 2 bilhões). Essas OSs deveriam aprimorar o sistema de saúde, entretanto, fazem dele uma fonte de lucro particular. Enquanto essa reestruturação não vem, as famílias dos trabalhadores de baixa renda padecem pela falta de atendimento adequado.

É bom lembrar que Geraldo Alckmin, médico, e seu partido (PSDB) estão no governo paulista desde 1994, portanto, há 17 anos. Foi vice de Covas, foi titular quando Covas faleceu e eleito governador em seguida. Seu sucessor, Serra, é do mesmo partido e seguiu a mesma política de precarização. Eleito em 2010, Alckmin cumpre nada menos que 13 anos à frente do estado de São Paulo. A decadência da Saúde Pública estadual é, portanto, de sua inteira responsabilidade. Os desmandos e desvios de verbas para outros fins são também de sua responsabilidade. Se a Justiça do estado – e do país - agisse conforme a boa ética, ele e tantos outros estariam respondendo por crimes contra a vida.

A Campanha da Fraternidade, portanto, encontrou uma boa alavanca no estado e na cidade de São Paulo, pois as denúncias circuladas por parte da imprensa vêm dar suporte às suas propostas: chamar a atenção da população para o caos na saúde pública no Brasil, incentivar à participação popular nos órgãos de controle do sistema de saúde e reforçar o movimento popular que luta para a implantação de uma política de investimentos públicos em áreas vitais para o povo. A saúde em primeiríssimo lugar.

Quanto às promessas do governador, que as vem repetindo há anos, dá pra acreditar? Alguns exemplos para elucidar o assunto: durante a campanha eleitoral de 2010, prometeu publicamente que iria decretar a redução nos pedágios nas estradas de rodagem do estado. Porém, autorizou novos aumentos já no ano de 2011. Na área da saúde, vem afirmando com freqüência que o convênio com as OSs melhorou o atendimento. Entretanto, impera o descaso total, sobretudo na periferia. Não é o nariz do Pinóquio que está crescendo, é o do tucanato.
*O Livro Eclesiástico não consta das traduções das igrejas protestantes

Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

Bancos e instituições financeiras comemoram a nova fraude previdenciária

do correiocidadania.com.br
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ESCRITO POR PAULO PASSARINHO   
TERÇA, 06 DE MARÇO DE 2012


O governo Dilma levou à frente na semana que passou o modelo previdenciário preconizado pelos bancos, com a aprovação, na Câmara de Deputados, do projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar dos servidores públicos federais - o Funpresp.

Este modelo teve o seu início com as mudanças efetivadas por FHC, principalmente no regime geral da previdência social, referente aos trabalhadores do setor privado. No governo Lula, esse processo prosseguiu com mudanças nas regras previdenciárias do regime próprio dos servidores. Uma dessas mudanças previa a criação deste fundo de previdência complementar, agora regulamentado pelo projeto aprovado na Câmara, e que terá ainda de passar pelo Senado Federal, antes da sanção presidencial.

Esse modelo, defendido pelo Banco Mundial, sempre foi explicitado como uma exigência do setor financeiro, constante em uma série de condições inclusas nos diversos acordos firmados pelo Brasil com o FMI.

A característica básica desse modelo é a instituição do chamado regime de capitalização, para o financiamento de aposentadorias e pensões. Este regime de capitalização passa a integrar o sistema geral previdenciário, contemplando faixas de renda superiores ao valor do teto estabelecido para o pagamento de benefícios bancados pelo Estado, através do chamado regime de repartição.

Quais são as características desses dois modelos, o de repartição e o de capitalização, no caso brasileiro?

No regime de repartição, que é o adotado constitucionalmente pela Previdência Social Pública brasileira, as contribuições de empregados e empregadores, acrescidas de receitas de contribuições específicas do Orçamento da Seguridade Social, financiam o pagamento dos benefícios – pensões e aposentadorias. Trata-se de um regime de solidariedade entre gerações, onde a camada da população em idade laborativa paga a despesa da parcela da população que já se encontra aposentada. No caso brasileiro, o Orçamento da Seguridade Social também é a fonte de financiamento das despesas de saúde e de assistência social – importante conquista da Constituição de 1988 – e que conta, para tanto, com contribuições tributárias criadas especificamente para fortalecer as receitas deste Orçamento, como são os casos da Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – e da CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das empresas. Afora situações especificamente previstas em Lei, e que no seu conjunto são residuais, o valor estabelecido atualmente como teto máximo de pagamento é de R$ 3.916,20.

O regime de repartição é também o modelo adotado para o regime próprio dos servidores públicos federais, já contratados, pois, para os servidores concursados a partir da promulgação da Lei que institui o Funpresp, passará a vigorar a combinação dos dois modelos - repartição e capitalização.

O regime de capitalização, por sua vez, baseia-se na concepção da contribuição individual de cada trabalhador ser destinada a um programa de investimento financeiro que, através de sua rentabilidade e capitalização, permita ao administrador desses recursos o pagamento futuro de benefícios diretamente relacionado ao trabalhador contribuinte. Esse modelo funciona, portanto, como se fora uma espécie de caderneta de poupança, individualmente definida para cada contribuinte. O valor futuro do benefício a ser pago ao trabalhador, pelo administrador dos recursos, dependerá do valor da contribuição efetivada pelo mesmo e do valor capitalizado ao longo do tempo, variável de acordo com a estratégia financeira adotada pelo aplicador/administrador desses recursos.

A diferença básica entre esses dois modelos é que, em um deles, o da repartição, o futuro do pagamento dos benefícios depende das contribuições da geração que se encontra em idade economicamente ativa. No outro modelo, o futuro do pagamento depende do sucesso rentável das aplicações a serem feitas. No regime de repartição, o futuro é garantido pelo trabalho; no regime de capitalização, o futuro depende da especulação.

No caso brasileiro, é importante, também, contestar versões oportunistas que nos dão conta de um envelhecimento acelerado da população brasileira - que colocaria em risco crescente o modelo de repartição.

Lembro que, em 2010, de acordo com o IBGE, 67% da população encontravam-se na faixa de idade entre 15 e 65 anos, e menos de 10% da população tinham idade acima de 65 anos. A projeção do IBGE, para o ano de 2050, estima que teremos um pouco menos de 20% da população com mais de 65 anos, enquanto a população economicamente ativa (entre 15 e 65 anos) se situaria um pouco acima de 63% do total de brasileiros. Mesmo levando-se em conta que boa parte dessa população ativa não esteja contribuindo para uma previdência pública, não há problema à vista, desde que tenhamos crescimento econômico e formalização do mercado de trabalho.

Ao contrário, com decisões adequadas, temos, ou teríamos, todas as condições de fortalecer um robusto e importante fundo previdenciário, nos preparando - de fato - para um futuro onde essas excepcionais condições de distribuição etária da população brasileira viessem a se alterar.

Porém, estamos tomando o caminho inverso.

Uma das conseqüências do avanço das mudanças previdenciárias no regime geral da previdência foi a adoção de uma série de medidas que, na prática, reduzem o valor médio das aposentadorias efetivamente pagas. Um exemplo disso é que, apesar do teto do regime geral ser hoje no valor de R$ 3.916,20, é praticamente impossível a um trabalhador obter uma aposentadoria com esse valor, em decorrência especialmente da adoção de uma fórmula – o Fator Previdenciário – que, na prática, impõe um significativo redutor no valor a ser calculado para a aposentadoria, ou pensão, a ser paga.

O resultado desse processo é que, nos últimos anos, cresceu de forma espetacular no Brasil o mercado de previdência privada, baseado justamente nos regimes de capitalização. Frente ao reduzido valor-teto do benefício pago pelo INSS, houve uma corrida da parcela da população com renda suficiente para tanto para esses programas privados de previdência.

Isto significa que parcela importante da poupança previdenciária dos trabalhadores brasileiros se direciona, de forma crescente, aos esquemas da previdência privada, ao invés de serem fontes de financiamento e sustentação de uma previdência social pública, baseada no seguro regime de repartição.

E quem são os principais beneficiários desse processo? Justamente, os tais administradores profissionais dos esquemas de capitalização: bancos, fundos de investimento, administradores de carteira, em especial fundos de pensão.

Cobrando taxas de administração onerosas, essas instituições passam a deter uma soma de recursos cada vez maior, diversificando sua capacidade de intervenção econômica e financeira, acumulando poder e, prometendo, para um futuro longínquo, uma segurança mais que questionável.

A esfera financeira pelo mundo inteiro – e a crise mundial deixa clara essa situação – exige profundas mudanças, no sentido de se deter um processo especulativo que não tem condições de ser mantido. Aqui no Brasil, especialmente, país com as mais indecentes taxas de juros do mundo, mais do que em nenhum outro lugar, as necessárias e inevitáveis reformas que se impõem trarão conseqüências graves para a acumulação predatória do mundo financeiro.

Até mesmo o propalado sucesso dos fundos de pensão fechados – envolvendo trabalhadores de uma mesma empresa ou setor, e contando com o patrocínio dos empregadores – deve ser visto com cuidado. Além das incertezas de um mercado financeiro viciado e deformado, tudo depende do futuro empresarial das corporações co-financiadoras, sujeitas às crises e instabilidades inerentes à competição capitalista. Exemplos como os da Enron ou da Panam, nos Estados Unidos, ou do Aeros – das empresas de aviação brasileira –, deixam claro que é um equívoco atrelar o futuro do pagamento de pensões e aposentadorias à vida orgânica de empresas, sempre submetidas ao duro e cruel processo de competição capitalista. Os trabalhadores da extinta Varig, por exemplo, sabem muito bem o que isso significa.

Apesar de todas essas evidências e impulsionado pela ganância do sistema financeiro, há mais de duas décadas se construiu no Brasil uma poderosa campanha com o intuito de se desmoralizar o absolutamente viável esquema da previdência social pública, baseado no regime de repartição.

Apesar de serem os superávits do Orçamento da Seguridade Social os principais financiadores dos déficits do Orçamento do Tesouro – provocados pelo pagamento de juros –, o que se propala é a ocorrência de um falso déficit previdenciário, ignorando-se as receitas constitucionais da seguridade social e se naturalizando as despesas financeiras da política monetária, como se fossem inexistentes ou um não problema.

E agora, a aventura do regime de capitalização chega ao universo dos servidores públicos federais, sob a batuta de Dilma Rousseff.

Como ocorre com o discurso oficial sobre o regime geral da previdência pública, alega-se a existência de déficit em torno de uma despesa constitucional, de obrigação do Estado, que é o pagamento de pensões e aposentadorias aos servidores, com recursos do Tesouro.

Ao mesmo tempo, propõe-se que a atual alíquota de contribuição dos servidores – de 11% sobre ototal dos seus vencimentos – seja agora aplicada apenas até o valor de R$ 3.916,20, para a garantia do benefício previdenciário pelo governo. A partir desse valor, a alíquota a ser cobrada para os futuros servidores seria de 8,5%, e a receita destinada a fundos de previdência complementar, específico para cada um dos poderes, e administrado por instituições financeiras, autorizadas e registradas na CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

Ou seja: apesar de um suposto déficit, institui-se a criação de uma alíquota menor de contribuição. E, prometendo-se uma maior segurança financeira para o pagamento, entregar-se-á uma massa de recursos significativa aos bancos e outras instituições financeiras.

O cumprimento da promessa ficará para um futuro longínquo, no tocante às pensões e aposentadorias dos servidores públicos civis federais, pois os militares foram mantidos de fora dessa aventura.

Não sem razão, os magistrados, através de suas associações representativas, já se preparam para discutir a inconstitucionalidade desse projeto no STF. Enquanto isso, os bancos e instituições financeiras do “mercado”, lógico, apenas comemoram essa verdadeira fraude previdenciária.

No afã de se apropriar dessa significativa parcela da poupança previdenciária dos servidores públicos federais – e que, com certeza, chegará às esferas estaduais e municipais –, o grupo Itaú/Unibanco, na véspera da irresponsável votação realizada na Câmara de Deputados, não se furtou em, através de nota do seu departamento econômico, defender explicitamente a aprovação do projeto. Faz todo sentido.

Paulo Passarinho é economista e apresentador do programa de rádio Faixa Livre.