"(...) A função de jornalistas como Noblat e jornais como o Globo é produzir analfabetos políticos em série. Como imprensa classista, eles defendem a todo transe o interesses de seu patrões e/ou patrocinadores, o Grande Capital liderado pelo Setor Financeiro.
Desinformar é a missão. Desinformar fingindo que informa. Desinformar pautando matérias de forma seletiva no interesse dos patrões e as editando de forma truncada quando não de forma invertida e deturpada.
Promove-se o linchamento (seletivo) de políticos, mas não se diz uma palavra contras seus patrões e verdadeiros eleitores, os banqueiros e os empreiteiros. Criticam-se os fichas sujas, mas não se toca (a não ser excepcionalmente) na folha corrida dos grandes empresários, fonte primária do caixa dois de todos os políticos.
Como resultado, cria-se uma fantástica legião de analfabetos políticos de classe média especialmente amestrada para só ver e compreender a superfície dos fenômenos. Uma gente que reclama da demora ou mau humor dos bancários dentro das agências, mas em nenhum instante se insurge contra os donos dos bancos.
Uma gente que não percebe que o problema das filas e longas esperas poderia ser resolvido se os banqueiros deixassem seus estabelecimentos abertos pelo período normal obedecido por todo o comércio e empregassem mais bancários para preencher os espaços vazios, onde deveriam estar funcionando mais caixas.
Critica-se o Legislativo e suas mazelas. Mas não se aponta a sua principal distorção: o fato de que 75% dos parlamentares são patrões ou mesmo grandes proprietários capitalistas e apenas 25% da cadeiras são ocupadas por trabalhadores. Ou seja, há uma inversão aberrante da representatividade (e legitimidade) do Parlamento. A função da grande mídia é a de desviar as atenções sobre esse fato crucial, remetendo seus leitores para as superficialidades da vida.
Mas o Globo não é apenas uma máquina de desinformação. É um instrumento de negócios escusos. Há, nos anais do Congresso, toneladas de documentos comprovando as negociatas da Família Marinho, apuradas durante dezenas de CPIs nos últimos 50 anos, desde a injeção financeira ilegal promovida pelo grupo Time Life para a instalação da TV Globo."
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