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terça-feira, 1 de março de 2011

Podridão da Revista Veja


Pág. 94:

Abril de 2000
A revista “Veja” publica, na edição do dia 19, com
detalhes, a denúncia da Rádio K sobre os salários ilegais e
imorais da Primeira-Dama [de Goiás]. Com o título “Evita goiana”, dona
Valéria Perillo teve a coragem, em entrevista à “Veja”, de
responder: “Eu também tenho de cuidar das minhas filhas
que não contam com a presença constante do pai”. Após
essa justificativa pelos salários de Primeira-Dama, “Veja”
definiu como um caso único de maternidade remunerada
no país.
 Contra a Rádio K, que, em março, fez essa mesma denúncia,
o governador e a Primeira-Dama moveram seis processos.
E ainda conseguiu tirar mais seis anunciantes da emissora. Para
com a revista “Veja”, que publicou nacionalmente igual denúncia,
e que, ao contrário da Rádio K, usou adjetivos pesados
contra a Primeira-Dama, como, por exemplo: “Valéria Perigo,
ops, Perillo”; “por causa de suas travessuras”; “foi manicure”;
“Evita de Goiás”; “primor de marketing caboclo”. Enfim, o
que fez o governador? Simplesmente, uma semana depois, dia
26 de abril de 2000, enviou uma carta-resposta à revista “Veja”,
prometendo demitir a própria mulher, informando que pagaria,
de seu próprio bolso, as fotos oficiais feitas inadvertidamente.
Era a confirmação de tudo. Kajuru decidiu arrolar Marconi
como sua testemunha, no processo de sua esposa Valéria contra
o jornalista, baseando-se nessa confissão do próprio marido
à Veja. Na página 105, as provas.
(...)

Maio de 2000 
A revista “Veja” cobra as duas promessas do governador,
na edição do dia 10 deste mês, na página “Holofote”,
com o título “Onde está o decreto?”. A revista informou
que o porta-voz de Marconi garantia que o governador já
havia assinado o decreto, dando fim à boa vida da esposa.
Só não sabia dizer por que o tal decreto não tinha sido
publicado no Diário Oficial. Moral da história: A Primeira-
Dama nunca foi demitida. Até hoje recebe os R$ 9.200,00.

Junho de 2000
Coincidência ou não, o governo de Goiás passou a
publicar anúncios de duas, três páginas coloridas na revista
“Veja”. O governador, por sua vez, foi almoçar em São
Paulo com toda a direção da revista. Moral da história:
Nunca mais a revista “Veja” tocou no assunto que ela mesma
tanto cobrara, sobre os salários inéditos de Primeira-
Dama, ou “Evita Goiana”, conforme publicado.

 
Minha conclusão: Veja extorquiu o então governador de Goiás Marconi Perillo e este a calou com dinheiro do povo.
 --
Luiz Henrique R. de Freitas

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