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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

[Indústria farmacêutica] Como funciona a liberação de medicamentos

Fonte: http://www.anovaordemmundial.com/2014/02/industria-farmaceutica-prestigiada.html

Prestigiada Editor de Revista Médica Acusou o FDA de Proteger os Fabricantes de Remédios

  • A FDA se recusa a divulgar resultados de pesquisas desfavoráveis em sua posse sem permissão da empresa patrocinadora

  • Todos os anos nos EUA 106 mil pessoas morrem como resultado direto da ingestão de medicamentos aprovados pela FDA.


Há sete anos, Marcia Angell, que por duas décadas foi editora de uma das mais famosas revistas médicas do mundo, o New England Journal of Medicine, escreveu um artigo bombástico para o Boston Globe  sobre a FDA (Agência de Drogas e Alimentos dos EUA), agência equivalente a nossa Anvisa aqui no Brasil, com graves acusações sobre a forma como os medicamentos são liberados pela agência.

O artigo era intitulado, "Retomando o  FDA" (26 de fevereiro de 2007).
Em seu livro, "Loucura da Medicação", Dr. Peter Breggin cita artigo de Angell

 A FDA também se recusa a divulgar resultados de pesquisas desfavoráveis em sua posse sem permissão da empresa patrocinadora... Não é de se admirar que as preocupações de segurança graves sobre drogas como Vioxx, Paxil e Zyprexa surgiram muito tarde na época — anos depois que elas já estavam em uso difundido.

Graves preocupações de segurança? Ataques cardíacos, derrames, suicídios, homicídios, etc.

O que é esta loucura burocrática que Marcia Angell está se referindo?

As empresas farmacêuticas produzem estudos humanos sobre as novas drogas antes destas serem apresentadas à FDA, que então decide sobre a aprovação das drogas para consumo público.

A FDA examina estes estudos. Mas aqui está a pegadinha. Uma empresa farmacêutica pode apresentar quatro estudos sobre uma nova droga à FDA. E a FDA pode optar por dar uma decisão favorável, com base em dois estudos.

Agora, alguém como Angell, enquanto ela estava editando o New England Journal, contacta a FDA e diz: "nós queremos ver todos os dados do estudo que você tem sobre esta nova droga. E não apenas os resultados mais positivos."

E a FDA recusaria. Por que? Porque estes estudos são "Propriedade" das companhias farmacêuticas, e essas empresas não querem que estes estudos vejam a luz do dia.

Esses são os ensaios clínicos humanos que revelam que ataques cardíacos, derrames e mortes são resultados reais para as pessoas que tomam a droga.

A FDA, incumbido de proteger o público, diz que não. "Não, você não pode ver os dados".

A coluna de Angell no Boston Globe foi uma bomba. Isso deveria ter provocado uma ação do Departamento de Justiça. Afinal de contas, pessoas tendo derrames e morrendo... e as empresas farmacêuticas e a FDA escondendo isto... se isso não é um crime, o que é?

Mas não. A revelação de Angell não foi a lugar nenhum. Ela foi publicada e afundou como uma pedra.

E as pessoas pensam, "bem, acho que não há realmente nenhum problema. Se fosse grave, o governo teria feito algo a respeito".

Errado. O governo não está aí para mandar farmacêuticos executivos e burocratas da FDA para a cadeia. Uma empresa farmacêutica pode ter que pagar uma multa e prometer se comportar, mas os lucros da droga assassina já estão no banco. Pagar uma multa de 2 bilhões de dólares? Trocados, quando a droga já fez US$20 bilhões em vendas.

Então, como Angell revela, temos uma definição escondida da ciência farmacêutica: "Ocultar os perigos, colocar a droga no mercado, ignorar a destruição humana e na pior das hipóteses, pagar uma multa."

A FDA escondendo e enterrando a verdade sobre as drogas médicas? Isso ajuda a explicar como,  todos os anos nos EUA 106 mil pessoas morrem como resultado direto da ingestão de medicamentos aprovados pela FDA.

Sim, 106 mil. Veja o artigo "A saúde dos EUA é realmente a melhor do mundo?" (em inglês), da Dra. Barbara Starfield, Jornal da Associação Médica Americana - JAMA, 26 de julho de 2000. Suas estatísticas foram uma estimativa conservadora.

Em uma das últimas entrevistas (2009) que ela fez antes de morrer, Dra. Starfield disse-me que era isto mesmo. Ela comentou que estudos posteriores relataram taxas de morte ainda mais elevadas dos efeitos do sistema médico americano.

Este é o trabalho da FDA. Esta é a agência federal cujo sonho molhado é limitar o acesso das pessoas aos suplementos nutricionais, que causam praticamente 0 mortes.


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E ninguém seja ingênuo de achar que no Brasil é diferente. A Anvisa já demonstrou por várias vezes que os interesses da Indústria Farmacêutica está em primeiro lugar. Existe um protecionismo constante das agências reguladores sempre diminuindo os riscos e aumentando uma suposta segurança dos medicamentos e vacinas.

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