Nota: Sou a favor do Bolsa Família (com restrições).
Abraços,
Luiz.
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Renovação é o
mote das inserções do PT. “O PT veio para mudar, inovar e renovar o
Brasil”, afirmam Lula, Dilma e Haddad em outras duas inserções. O
objetivo da propaganda é tornar o pré-candidato petista mais conhecido e
atrelar sua figura a Lula e Dilma. O slogan da propaganda é “só se
renova quem traz o novo”.
Na peça em
que Dilma aparece, o marqueteiro João Santana optou por abordar os temas
sociais. “Quando lançamos o Bolsa-Família, surpreendemos o mundo com
algo novo”, afirmou Lula. “Lançar o Brasil sem miséria para acabar com a
pobreza extrema no País, foi uma atitude nova”, emendou Dilma.
Em vermelho, segue trecho da Medida
Provisória que criou o “Bolsa Família”:
(…) o
programa de que trata o caput tem por finalidade a unificação dos
procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda
do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda
Mínima vinculado à Educação - “Bolsa Escola”, instituído pela Lei n.° 10.219, de 11 de abril de 2001, do Programa Nacional de Acesso à Alimentação - PNAA, criado pela Lei n.° 10.689, de 13 de junho de 2003, do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Saúde - “Bolsa Alimentação”, instituído pela medida provisória n.° 2.206-1, de 6 de setembro de 2001, do Programa Auxílio-Gás,
instituído pelo Decreto n.° 4.102, de 24 de janeiro de 2002, e do
Cadastramento Único do Governo Federal, instituído pelo Decreto n.°
3.877, de 24 de julho de 2001.
O Bolsa Família, como a MP deixa claro, era só a união de
programas que já existiam. E que ganharam uma nova marca. Mas isso não é
tudo, não! Lula, o próprio, era contra programas dessa natureza, achava
que deixava o povo preguiçoso. Foi por isso que ele lançou o tal “Fome
Zero” — este, sim, ele achava “revolucionário”. Deu com os burros n’água
e teve de aderir ao programa do antecessor, que tanto demonizava.
No dia 9 de
abril de 2003, ele fez um discurso na presença de Ciro Gomes. Ao atacar
os programas que resultaram no Bolsa Família e defender o Fome Zero, que
deu errado, afirmou (em vermelho):
Eu, um dia desses, Ciro [Gomes, ministro da
Integração Nacional], estava em Cabedelo, na Paraíba, e tinha um
encontro com os trabalhadores rurais, Manoel Serra [presidente da
Contag — Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura], e um
deles falava assim para mim: “Lula, sabe o que está acontecendo aqui, na
nossa região? O povo está acostumado a receber muita coisa de favor. Antigamente,
quando chovia, o povo logo corria para plantar o seu feijão, o seu
milho, a sua macaxeira, porque ele sabia que ia colher, alguns meses
depois. E, agora, tem gente que já não quer mais isso porque fica
esperando o ‘vale-isso’, o ‘vale-aquilo’, as coisas que o Governo criou
para dar para as pessoas.” Acho que isso não contribui com as
reformas estruturais que o Brasil precisa ter para que as pessoas possam
viver condignamente, às custas do seu trabalho. Eu sempre disse que não
há nada mais digno para um homem e para uma mulher do que levantar de
manhã, trabalhar e, no final do mês ou no final da colheita, poder comer
às custas do seu trabalho, às custas daquilo que produziu, às custas
daquilo que plantou. Isso é o que dá dignidade. Isso é o que faz as
pessoas andarem de cabeça erguida. Isso é o que faz as pessoas
aprenderem a escolher melhor quem é seu candidato a vereador, a
prefeito, a deputado, a senador, a governador, a presidente da
República. Isso é o que motiva as pessoas a quererem aprender um pouco
mais.
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