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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Governo corta R$ 5 bilhões da Saúde para pagar dívida pública

O governo federal anunciou na última quarta-feira (15) um corte de gastos em R$ 55 bilhões no Orçamento de 2012. A ação visa auxiliar no cumprimento da meta de superávit primário (economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública), que é de R$ 139,8 bilhões. A pasta com maior redução é a Saúde, com R$ 5,4 bilhões a menos para o ano.
De acordo com o professor de Economia da Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP, Áquilas Nogueira Mendes, a política de cortes para manutenção do superávit primário – e seus efeitos na saúde – vem desde o governo Fernando Henrique Cardoso e se mantém nos governos do PT.
“O orçamento então – como tem tido vários cortes – no fundo não tem refletido no aumento do compromisso da União nos recursos com a área da saúde. Quando a gente compara em relação ao PIB, tem se mantido em 1,7%. Então esse corte agora, em nome do superávit primário, não é novidade, o ano passado também teve. E, assim, o orçamento da saúde vem sendo engolido por essa política econômica do governo federal, que não é de hoje”.
A média de investimento para a Saúde vem sendo de 4% do PIB, sendo 1,7% União e o restante de estados e municípios.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que apesar dos cortes, os recursos destinados à Saúde iriam aumentar este ano em mais de 10%. No entanto, Mendes argumenta que o índice permanece praticamente o mesmo.
“Muito se anunciou que o orçamento deste ano para o Ministério da Saúde havia tido um crescimento substantivo em relação ao ano passado, porém, se olharmos a inflação e também este corte agora, na realidade ficou-se na mesma”.
Outras pastas também irão ter cortes, como as Cidades, R$ 3,322 bilhões, e a Defesa, R$ 3,319 bilhões.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.
17/02/12

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Esse é nosso governo "de esquerda"...

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