Maria Cecília, Secretária de Habitação da cidade de São Paulo, “aconselha” os cidadãos que a ouviam a procurar cidades menores “para poder aguentar”, e garante que desapropriações dos mais pobres continuarão.
“Pra morar nesta cidade, pra ser cidadão em São Paulo, que é a terceira maior cidade do mundo, tem que ter um custo e tem que ter condição de pagar. É o preço que se paga pra morar numa cidade como essa. Quem não tem renda a gente pretende começar um processo de desapropriação.” A afirmação foi feita pelo secretaria municipal de Habitação de São Paulo, Maria Cecília Sampaio, para moradores da favela do Coruja, na Zona Norte da capitl paulista.
A secretária municipal é responsável pela Habinorte, uma das regionais daquela secretaria, e deu as declarações durante reunião de trabalho com moradores da comunidade, na subprefeitura da Vila Maria e da Vila Guilherme, bairros da zona norte da cidade. No encontro também estava o chefe do gabinete da subprefeitura Josué Filemom.
Maria Cecília ainda “aconselha” os pobres que a ouviam a procurar cidades menores “para poder aguentar.”
Em fevereiro, um incêndio atingiu a comunidade e deixou mais de 60 famílias desabrigadas. A prefeitura decidiu, porém, que outras 40 famílias também terão de deixar o local, apesar de não terem tido suas casas atingidas pelo fogo.
Nesta terça-feira (13), o promotor de habitação do Ministério Público Estadual, Maurício Lopes, se encontra com para discutir representantes da secretaria paulistana de habitação para discutir o futuro das famílias daquela comunidade.
A prefeitura ofereceu aos moradores inscrição no programa Parceria Social – um auxílio-aluguel de R$ 300 e afirma que estuda um projeto habitacional para a comunidade. Rede Brasil Atual
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